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Pessoas: o ativo mais importante de qualquer instituição

Por Glênia Angelica do Nascimento, assessora da Presidência do TRT/ES

 

Este artigo é de inteira responsabilidade do autor, não sendo esta necessariamente a opinião da diretoria da Fenajufe

Percebo que, atualmente, as instituições públicas e as empresas privadas têm perseguido o alcance de metas a tal ponto que acabam por contribuir para a robotização de seus colaboradores. Estes, por sua vez, deixam de lado seus sonhos e vão definhando, pouco a pouco, esquecendo-se deles próprios e tornando-se doentes de corpo e alma.

Como, então, reverter esse processo? É preciso convencer os dirigentes de que a harmonia entre os interesses dos profissionais e os da instituição é que deve ser buscada a qualquer preço – e a qualquer tempo – e não simplesmente as metas estipuladas.

É certo que a tecnologia tem avançado e ocupado cada vez mais espaço dentro das instituições e que o mundo moderno nos apresenta, a cada dia, mais facilidades para a realização de nossas tarefas. Gostaria de chamar a atenção para o fato de que as pessoas estão simplesmente robotizadas, o que tem se tornado uma grande preocupação por parte daqueles que realmente zelam pelo bem-estar de seus subordinados.

É preciso saber que as pessoas têm diferentes necessidades, sejam elas físicas, materiais, emocionais. Cabe ao gestor entender as diferenças e perceber que há um limite separando o ser humano da máquina.

Máquina não cria, não tem emoções, é fria, precisa do comando humano para o seu funcionamento. Se esse entendimento equivocado de que as pessoas podem se equiparar a máquinas persistir, em breve, não existirá nem mesmo pessoas saudáveis para criá-las. Portanto, não teremos nem pessoas, nem máquinas.

Repito: o mundo vem se comportando como se o mais importante para atingir o sucesso profissional, material e, até mesmo, sentimental fosse o alcance das metas. É inegável que metas devem existir, pois fazem parte da dinâmica de empresas e instituições. Entretanto, as que realmente devem ser alcançadas são aquelas capazes de deixar as pessoas motivadas, felizes e saudáveis, aquelas implantadas com o respeito necessário à dignidade de cada um e que levem em consideração as limitações do ser humano. Para isso, é necessário trazer para o trabalho o respeito, a satisfação, a alegria pela tarefa realizada, a amizade com os colegas, ou seja, é preciso valorizar, antes de tudo, as relações humanas.

É excelente trabalhar em um ambiente alegre, sem opressão, sem autoritarismo, sem inimigos, onde todos estão na mesma frequência de trabalho. Isso sim é que faz o negócio prosperar. Hoje as pessoas estão em busca de um modelo de trabalho saudável, em que o modelo arcaico, de poder autoritário e frio, não tem vez. É hora de realmente mudar esse padrão.

Como servidora do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (TRT-ES), muito me orgulho de fazer parte de uma instituição que criou uma comissão justamente para valorizar as relações humanas, composta por um desembargador, um juiz e servidores de diversas áreas, com o objetivo de promover o bem-estar de todos: trabalhadores que prestam serviços terceirizados, menores aprendizes, estagiários, servidores e magistrados.

Por isso, neste 28 de outubro, Dia do Servidor Público, nós, servidores do TRT-ES, muito temos a comemorar. E, em nome de todos, parabenizo o Excelentíssimo Desembargador Presidente do TRT-ES, Marcello Maciel Mancilha, pela iniciativa de algo tão importante e esperado por todos da instituição. Afinal, gente é o ativo mais importante de qualquer negócio, seja ele público ou privado.

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