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As Ampliadas da Fenajufe e suas contradições

Por Cledo Vieira, coordenador geral da Fenajufe e do Sindjus/DF

Este artigo é de inteira responsabilidade do autor, não sendo esta necessariamente a opinião da diretoria da Fenajufe

Na Ampliada passada (20/03), o coordenador Edmilton Gomes, defendeu a não convocação mensal de reuniões dessa natureza com o argumento de que a Ampliada custava demais para o sindicato e não encaminhava os problemas da categoria. Uma defesa que evoca o bom senso, para que tais reuniões não se resumam a perda de tempo e dinheiro. 

De imediato, o Luta Fenajufe se organizou e com a costumeira rispidez contraditou a defesa feita em nome da economia de recursos e da ineficiência dos encontros, o que deveria ser uma preocupação de todos os diretores.

A coordenadora da Fenajufe e também integrante da direção do Sindtrajud/Luta Fenajufe, Inês de Castro, rebatendo duramente o que fora colocado afirmando que a Ampliada tem que chamar outra Ampliada sim porque a direção da Fenajufe simplesmente não funciona. Segundo as palavras dela, a direção está paralisada.

O que podemos entender depois dessa afirmação? Simples, quem vem dirigindo a Fenajufe é a Direção Ampliada. Agora, é, no mínimo incomum uma diretora fazer tal colocação, afinal, se não é para dirigir para que manter a Direção Executiva?

Ainda na ampliada, um servidor do SindQuinze com camisa Luta Fenajufe esclareceu que a luta não se faz por posições no site, mas por ações práticas. Em um tempo onde transformações mundiais de várias ordens ocorrem graças ao espaço virtual de debate e organização, causa estranheza tal colocação. E tem mais, a mesma pessoa que apregoa a necessidade de se fazer a luta na rua não comparece aos atos, nem mesmo ao que foi aprovado pela Ampliada (Ato pela Isonomia, dia 2, no STF).

E as contradições não param por aí. Um outro colega, agora de Mato Grosso, um professor, diga-se de passagem, tentou ensinar para os sindicatos do Distrito Federal e do Ceará como eles deveriam agir para ter sucesso nas manifestações e nas lutas do dia a dia. Um discurso longo em que defendeu fervorosamente o ato unificado. No entanto, as expectativas geradas pelo seu entusiasmo não se concretizaram, pois seu sindicato mandou uma pessoa para o ato. Inclusive, ele, o professor, não compareceu ao ato. Bela lição na linha façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço...

Outro fato estranho é a importância conferida à Ampliada em relação às outras atividades da Federação. Enquanto a Ampliada chega a ter 120 pessoas, o ato pela isonomia, aprovado por unanimidade, contou apenas com a participação de sete sindicatos e menos de 1/3 das pessoas presentes na reunião. O que é importante afinal?

Em uma outra Ampliada com 30 sindicatos, foi votada a continuidade da greve de 2012, aprovada por ampla maioria, e curiosamente apenas cinco sindicatos, entre eles o do Distrito Federal, estavam em greve. Os outros 25 votaram, de certo, para que os outros continuassem na greve por eles. Impressionante como a Direção Ampliada encaminha os interesses dos servidores.

Diante de tantas contradições, a maioria delas vergonhosas para quem leva a luta sindical a sério, resta-nos uma pergunta: para onde a Direção Ampliada vai levar à Federação? Reservo-me ao direito de não responder, pois o destino da Fenajufe salta aos olhos.

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