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Técnicos Judiciários de nível superior, sim senhor, para valorização profissional e salarial

Por Roberto Ponciano, Coordenador de Comunicação da Fenajufe e Técnico Judiciário do concurso de 1997

Este artigo é de inteira responsabilidade do autor, não sendo esta necessariamente a opinião da diretoria da Fenajufe

Num dos mais belos sambas da polêmica Noel Rosa x Wilson Baptista, o grande da Vila cantava em palpite infeliz: “quem é você que não sabe o que diz, meu Deus do céu, que palpite infeliz (...) que a Vila não quer abafar ninguém, só quer mostrar que faz samba também.

Parodiando o grande Noel, os técnicos judiciários não querem travar uma guerra santa, nossa luta não é contra os analistas. Apenas queremos a valorização do cargo.

Para começar o artigo, temos que desfazer uma confusão, não existe categoria de técnico, nem de analista, categoria é termo amplo que designa todos os cargos da nossa carreira, auxiliares, técnicos e analistas, incluindo-se aí as especialidades, agentes de segurança, oficiais de justiça, técnicos de enfermagem, analistas de sistema,enfermeiros, odóntologos, etc.

Então, não há nenhum interesse em se fazer uma falsa polêmica “técnicos x analistas” e instaurar falsas polêmicas. Melhora o piso salarial não prejudica em nada o teto. Defendemos o aumento do teto para o analista, mas defendemos que a diferença entre o piso e o teto não seja tão avassaladora. Uma diferença menor entre o piso e o teto unifica toda a categoria na luta salarial.

Para isto é necessário se retomar a interposição das tabelas, não há nenhum problema em que os cinco últimos níveis da carreira de técnico, sejam os 5 primeiros níveis da carreira de analista. Não diminui em nada o cargo, haja vista que, inclusive, no Judiciário Federal, não há diferenças nem na área meio, nem na área fim, que sustentem uma diferença tão grande, analistas e técnicos se confundem nas suas tarefas e fazeres diários.

Isto não tira do analista o papel de ser o cargo top da carreira, com o maior salário (dez referências a mais que o técnico) e o mais próximo possível do topo das carreiras típicas, é o que desejamos. O que não se deseja, é uma diferença salarial tão brutal com um fazer tão semelhante.

Defendemos para isto que os novos concursos para o cargo de técnico sejam de nível superior, e o nível auxiliar seja recuperado nos próximos concursos, com afazeres de nível de segundo grau, já que há um enorme processo de terceirização em curso, e é necessário que tenhamos concurso para áreas como portaria, ascensorista, etc. Lógico, que os auxiliares que ascenderam a técnico e os que estão em processo de ascensão, continuariam como técnicos, mas não fecharíamos as portas para um novo concurso de nível médio para auxiliar, com um fazer bem determinado.

Para isto é necessário que todos os que já estão na carreira, mesmo os que não tenham nível superior, sejam colocados na nova carreira de técnico que pede nível superior para entrada O que não é nada estranho e já aconteceu no Bacen, Receita Federal a Polícia Federal.

A mudança do concurso é necessária para justificarmos junto ao STF a interposição de tabelas e a aproximação salarial entre técnicos e analistas, já que o MPOG não aceita pagar valores superiores a cargos de nível de segundo grau.

O Sisejufe já deu o primeiro passo para isto, chamando o debate sobre o cargo dos técnicos, o próximo acontecerá nos próximos dias, quando convocaremos a reunião de fundação do nosso coletivo, orgânico ao sindicato, no qual poderemos discutir, sem ranço e sem raiva, como fazer para conseguir nossos objetivos.

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