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Casa Grande & Senzala: O apoio real de Leonardo Bessa para os servidores do MPDFT

Por Ana Paula Cusinato, servidora do MPDFT e filiada ao Sindjus-DF

O procurador-geral de Justiça do MPDFT, Leonardo Bessa, tem enviado e-mails regulares a todos os servidores afirmando apoiar o projeto de lei que reajusta nossos salários – agora o PLC 41/2015 no Senado Federal.
Hoje mais um e-mail foi enviado a todos os servidores.

O apoio do procurador-geral veio em forma de castigo. Com tom de quem conta uma boa notícia, a administração comunica que os servidores terão de pagar hora a hora os dias de greve de 2014 e de 2015. A decisão, além de injusta e desconectada da realidade, pode ser considerada arbitrária, pois o sindicato não foi chamado para negociar os dias parados.

A greve de 2014, convocada pelo Sindjus-DF, teve negociação de dias parados em todos os tribunais, que compreenderam, mais uma vez, que a greve deve ser compensada com a recuperação produtiva do trabalho acumulado.

Nunca, nunca, os servidores do MPDFT pagaram dias de greve hora a hora. É vergonhosa a atitude do procurador-geral, que sabe muito bem qual a situação de defasagem salarial que enfrentam os servidores da Casa e assim mesmo impõe um castigo ao exercício de um direito constitucional.

O argumento é a portaria, em minha opinião inconstitucional, da gestão anterior? Portaria se revoga. A Constituição nos dá o direito de greve, a administração nos tira o direito de exercê-lo.

Como vamos lutar se somos penalizados pela decisão da luta?

Se é assim que podemos contar com as lideranças do MPU, fica mais fácil entender a dificuldade de negociação que a instituição tem para viabilizar a aprovação do reajuste dos servidores.

Embora eu não esteja mais à frente do Sindjus, sinto-me na obrigação, como servidora do MPDFT, de me posicionar contra tal decisão, considerada por mim arbitrária. A nova direção do Sindjus-DF deve tomar atitude firme e certeira imediatamente.

Estou indignada!

 

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