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Governo Federal - Só de Sacanagem?

Por Alan da Costa Macedo, Coordenador Geral do SITRAEMG 

Todos nós estamos passando por momentos nebulosos em torno do nosso pedido de recomposição salarial. As mais diversas desculpas são dadas pelo Governo Federal para não atender um pleito tão legítimo e justo. Afinal, são 9 anos de inflação sobre os nossos salários e nada de “recomposição salarial”, tal como disciplinado no art. 37,X da CF.

O presidente do STF, que deveria ser o nosso representante, advoga contra nós com seu discurso morno e nada representativo. Muitos dizem que, na verdade, boa parte do STF passou a ser a extensão do Poder Executivo. São subservientes e passivos.

No meio dessa nossa luta desgastante, ainda temos que ouvir uma mídia tendenciosa dizer que o que estamos pleiteando é “absurdo”. Ora, todo mundo quer ser seu salário reajustado, por que dizem que nosso pleito é ilegítimo? Por que jogam a população contra nós?

Fiquei durante muito tempo me perguntando o que estava acontecendo com o nosso povo. Estariam todos alienados. O projeto de alienação de grandes massas estava realmente sendo eficaz? Deram pão e circo suficientes a conquistar toda a “massa de manobra”? E, nós, o que vamos fazer?

No nosso meio sindical, ainda vemos alguns diretores de Sindicato defendendo o Governo, mesmo em meio a maior crise institucional de todos os tempos. Defender ideologia partidária tudo bem, mas defender esse “governo” que está aí é demais. Sabemos bem que a corrupção remonta a tempos antigos. “Aqui, desde Cabral todo mundo rouba”. Mas será por isso que vamos aceitar a robalheira atual passivamente?  Lembram-se do princípio da individualização da pena?

Nós, servidores do Poder Judiciário, dizemos que não. Parafrasearemos parte do texto que abaixo citamos: “Não admitimos, nossa esperança é imortal. Repetimos, imortal. ouviram? Sabemos que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!

E é com isso que convido a todos os colegas a fazer campanha no sentido de demonstrar que nós, servidores do Judiciário, estamos do lado do povo, do lado da democracia e contra a corrupção no governo (seja ele de que partido for). Somos, ainda, o único poder que pode frear e contrapesar os demais, senão vejam-se o que o Juiz Sérgio Moro tem feito (claro que com todo o auxilio de nós servidores).

Avante meu povo, pra guerra em favor da verdade, em favor da justiça. Vamos pra rua não só em favor da nossa causa, mas também em prol de tudo que é legítimo, que é justo.

Trago o texto bem pertinente à citação:

SÓ DE SACANAGEM


Meu coração está aos pulos!

Quantas vezes minha esperança será posta à prova?

Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?

É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.

Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.

Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."

Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!”  ( GRIFOS MEUS)

Autora: Elisa Lucinda

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