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Seminário Nacional dos Servidores Federais define mobilizações e pauta da campanha salarial unificada de 2015

Mais de 300 representantes de diversas entidades nacionais e estaduais marcaram presença no encontro que discutiu estratégias para unificação da luta dos servidores

Os coordenadores da Fenajufe, Alexandre Magnus e Saulo Arcangeli, participaram dos debates que ocorreram neste fim de semana (14 e 16/11) durante o Seminário Nacional dos Servidores Federais, em Brasília.  Avaliam os dirigentes  que o resultado do seminário foi bastante positivo. Apesar das especificidades existentes entre as entidades representativas dos servidores federais, as condições de trabalho, a luta contra a retirada de direitos e a defasagem salarial  levam à necessidade de unificar a luta.

O sentimento geral no Seminário foi de debater e unir a categoria dos servidores públicos federais, principalmente porque o cenário é de desmonte e sucateamento do serviço público, bem como de terceirização, e opressão pelo Governo Federal quando organiza através da AGU (Advocacia Geral da União)  ações contra grevistas, aprofundado agora com a tentativa de aprovar o projeto sobre regulamentação do direito de greve, que na verdade busca aniquilar com este direito.

Durante o primeiro dia, foi realizado um debate sobre conjuntura para analisar e discutir a situação política e econômica do país e  as perspectivas para o ano que vem  que, com certeza, será um ano de mobilização para enfrentar o governo Dilma Rousseff que já sinaliza, desde suas atitudes no pós-eleição, com ataques aos direitos dos trabalhadores.

O segundo dia, além do debate técnico feito pelos representantes do DIEESE e ILAESE sobre a situação do país e realidade para o serviço público, foi pautado por debates em grupo sobre a conjuntura e campanha salarial. Ao final foram sistematizadas as contribuições dos grupos a serem encaminhadas para a plenária final do dia 16.

Alexandre Magnus, coordenador da Fenajufe, informa que  “depois da presidente Dilma, em 2012, ter afirmado que não iria trabalhar com reposição salarial de nenhuma entidade, os servidores federais se uniram e conseguiram arrancar parte da recomposição salarial no percentual de 15,8%. Assim, vejo e entendo como de extrema importância a unificação, devendo as instituições que representam os servidores tomarem a frente desta luta, com a ajuda das centrais que verdadeiramente estão do lado dos trabalhadores”.

Para Saulo Arcangeli o Seminário foi uma vitória e demonstra a vontade de lutar dos servidores públicos federais diante do processo de desmonte do serviço público, retirada de direitos e arrocho salarial. Também reforçou a unidade necessária para barrar estes ataques que permanecem no segundo mandato do governo Dilma.

As entidades devem agora levar as indicações do seminário para suas bases e retornar para a plenária que será definida pelo fórum até a primeira semana de fevereiro.

Pauta Unificada

O  seminário foi organizado pelo Fórum nacional de Entidades dos Servidores Públicos Federais, com a participação das três centrais sindicais (CTB, CSP Conlutas e CUT), federações, confederações e entidades de base. Lembraram os dirigentes, que a experiência mostra que ações fragmentadas não levam às conquistas, por isso a proposta de comprometimento das entidades envolvidas em promover ações  de combate às propostas do Governo que prejudicam os servidores e os serviços públicos.

Abaixo os sete pontos acordados para a luta unificada:

1) Política Salarial com correção das distorções – reposição das perdas inflacionárias;

2) Data-base 1 de maio;

3) Direito de negociação coletiva (convenção 151 OIT);

4) Paridade Salarial entre ativos e aposentados;

5) Retirada dos projetos do congresso nacional que atacam os direitos dos servidores;

6) Aprovação imediata dos projetos de interesse dos servidores;

7) Isonomia dos benefícios (Auxilio alimentação e Plano de Saúde).

Outro encaminhamento do Seminário foi pelo envio der todas as propostas e reivindicações apresentadas, durante o seminário, para discussão com as categorias de base para fechamento no início do próximo ano quando será definida a pauta de reivindicações definitiva.  Entre os pontos, já consta a preparação de uma grande mobilização em Brasília no início do próximo ano e, caso as reivindicações não sejam atendidas, uma greve unificada do funcionalismo.

Para ler o relatório consolidado clique aqui.

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