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Ministério do Planejamento e SPFs realizam mais uma rodada de negociação

Apesar de admitir renegociar acordo plurianual, nada avança na negociação com o governo

Governo e servidores públicos federais realizaram no início da semana mais uma rodada de negociações acerca da pauta de reivindicações apresentada pelo Forum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos, em fevereiro  deste ano. Os coordenadores da Fenajufe, Cledo Vieira e Saulo Arcangeli, participaram da reunião acontecida no ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), na terça-feira, 7, com o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça.

Em sua participação, Arcangeli informou que a totalidade das categorias integrantes do fórum dos SPFs deliberou por rechaçar o índice apresentada pelo governo.  Além disso, as entidades cobram uma proposta sobre os demais itens da pauta de reivindicações dos servidores. Até o momento o governo se debruçou apenas sobre o reajuste de 21,13% escalonado até 2019 e limitou-se a uma proposta vaga de estudos sobre os benefícios.

Em resposta, os representantes do MPOG informaram que o governo vai recepcionar o que foi deliberado nas assembleias das categorias. Eles se comprometeram a informar ao ministro do Planejamento, Nelson Barbosa sobre o que foi decidido, mas destacaram que a palavra final será da presidente Dilma Rousseff.

Sérgio Mendonça informou que o governo admite discutir internamente alguns itens relacionados à pauta : alternativas ao reajuste plurianual de 04(quatro) anos, como, por exemplo,  uma cláusula revisional no plano plurianual caso a meta estimada de inflação seja superada, os benefícios sociais e o envio de um projeto de regulamentação da negociação coletiva, onde a discussão da data-base seria incluída. Mas também disse que o que reivindicamos de reposição salarial está muito distante do que o governo pode oferecer.

Segundo Mendonça nesse processo de flexibilização admitido pelo governo, as discussões sobre as pautas específicas dos servidores poderiam avançar e também afirmou, diferentemente do que tinha colocado na reunião anterior, que a discussão de índices está desvinculada dos benefícios e de reestruturação de carreiras.

Na avaliação do coordenador Saulo Arcangeli, o governo sentiu o peso da greve e a pressão dos servidores. “Além da greve na base da Fenajufe, ANDES e Fasubra, no dia 7 entrou em greve a Fenasps e o Sinasefe iniciará a greve no dia 13, além de outras categorias, como o caso da ASFOC e Condsef, que indicaram greve a partir do dia 22, data da próxima marcha dos servidores públicos federais em Brasília. O momento agora é de fortalecer ainda mais a greve geral dos servidores públicos”, conclui Arcangeli.

O fórum solicitou uma nova reunião com o governo no dia 14, mas o MPOG informou que a presidente Dilma somente retornaria da Rússia no sábado(11) , e uma nova rodada de negociação acontecerá até o dia 21 de julho.

Para o coordenador-geral da Fenajufe, Cledo Vieira, as dificuldades na negociação com o governo permanecem. " Existe uma distância muito grande entre o que o governo quer dar e o que as entidades querem receber. Ele [o governo] jogou a próxima reunião para até 21 de julho, o que torna a reação das entidades a qualquer proposta que vier, muito complicada, pois faltarão apenas 30 dias para o encaminhamento de projetos de lei para o reajuste em 2016", aponta. E completa: " As conversas estão muito ruins. Temos que intensificar as greves".

 

da Fenajufe, Luciano Beregeno
Fotos: Joana Darc Melo

 

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