O Comando Nacional de Greve da Fenajufe se reuniu nesta quinta-feira, 16, para avaliar o desenvolvimento das atividades do calendário de greve no decorrer da semana. A reunião aconteceu logo após o ato em frente ao STF e ao Palácio do Planalto, e contou com a presença de representantes da base do Sindiquinze/SP, Sinjufego/GO, Sindjus/DF, Sintrajufe/RS, Sindjufe/TO, Sintrajufe/MA, Sitraemg/MG, Sintrajusc/SC, Sintrajurn/RN, Sintrajud/SP, Sindjufe/BA, Sinjuspar/PR, Sindjufe/MS e Sindijufe/MT. Pela Fenajufe participaram os coordenadores Adilson Rodrigues, Cledo Vieira, Tarcísio Ferreira, Pedro Aparecido, Saulo Arcangeli e Eugênia Lacerda.
Na avaliação do Comando, as atividades desenvolvidas nos estados foram produtivas e tem cumprido o objetivo de buscar apoios à sanção do projeto, bem como novas adesões ao movimento paredista.
Na reunião também foram feitos esclarecimentos sobre a reunião entre a Fenajufe e o Diretor Geral do Supremo Tribunal Federal (STF), Amarildo Vieira. Os dirigentes Adilson Rodrigues e Cledo Vieira relataram detalhes do encontro, que evidenciaram a tentativa de boicote ao movimento grevista. Como estratégia de isentar o presidente do Supremo de fracassos nas negociações com o governo sobre o reajuste dos servidores, o Diretor Geral tentou creditá-los à Federação e aos trabalhadores, utilizando-se inclusive de reuniões paralelas com entidades não autorizadas pelos trabalhadores, a discutirem quaisquer propostas que não seja a sanção do PLC 28.
Indignados com o que foi classificado de tentativa de golpe contra o movimento, o CNG deliberou por elaborar nota denunciando o ataque do STF à Fenajufe e a postura do Supremo ao escolher novos interlocutores numa tentativa de interferir na organização dos trabalhadores e atacar a greve e as entidades sindicais. A Fenajufe irá reafirmar que não foi apresentada nenhuma outra proposta além daquela dos 21,30%, rechaçada pela categoria.
O Comando de Greve deliberou ainda por denunciar publicamente a postura da presidente da República, Dilma Rousseff, do ministro Ricardo Lewandowski e do Diretor- Geral do STF, Amarildo Vieira, na tentativa de usar a categoria como moeda de troca para interesses prejudiciais à categoria.
Outras medidas foram deliberadas para cobrar explicações de entidades e dirigentes que assumiram postura contrária à deliberada pelos servidores.Como resolução política, o CNG deliberou:
Resolução Política do CNG
Ratificar posição deste comando nacional de greve da Fenajufe e das assembleias de base em todo o país que se posicionaram pela defesa do conteúdo do PLC 28/2015 como referência para as negociações entre STF e governo, com participação da federação.
A única proposta do governo que chegou a ser apresentada e tornada pública pelo STF (21,3% de 2016 a 2019) foi rechaçada pela categoria, razão pela qual o PLC 28/2015 continuou a ser a referência para a continuidade das negociações. Desde o início da luta, e até o último momento antes da votação, a categoria buscou um acordo pela votação do projeto, o que não ocorreu. Pelo contrário, o governo apresentou em plenário pedido de novo adiamento por mais 30 dias. Nem governo nem STF explicitaram o conteúdo das tratativas que diziam estar em curso.
Reafirmar que a categoria não pode ser responsabilizada de modo algum pelo congelamento salarial a que está submetida; que a responsabilidade pela votação no dia 30 é do Senado e do próprio STF, autor do projeto. Se nem o próprio STF se posicionou claramente pela retirada de pauta, não caberia à categoria e seus representantes se mobilizarem para que isso ocorresse.
Por fim, reafirmar posição de exigência ao STF para que defenda institucionalmente a sanção do PLC 28/2015 e o respeito à autonomia do Poder Judiciário, e que assegure os meios para a reposição salarial da categoria.
PLC 41
Também a situação do PLC 41/2015, que aguarda votação no Senado, foi discutida pelo Comando. Com a suspensão do recesso, continuará a mobilização pela aprovação do projeto.
Calendário de Atividades
20 e 21 de julho
- Apagão Naciuonal do Judiciário
20 a 22 de Julho
- Caravanas a Brasília
21 de julho
- 15 horas: ato na Praça dos Três Poderes
- Logo após o ato, início da vigília
22 de julho
- 9 horas: Marcha dos SPFs
- 12h: Reunião do CNG, preferencialmente com os Dirigentes Sindicais
23 de julho
– Rodada de assembleias nos estados para avaliar a greve a partir da indicação do Comando Nacional de Greve.
da Fenajufe, Luciano Beregeno
Fotos de Joana Darc Melo/Fenajufe