fbpx

SPFs bloqueiam entradas e conseguem reunião com MPOG

Mas governo mantém proposta rebaixada e não avança nas outras pautas

Servidores Públicos Federais (SPFs) protestaram hoje, 27, em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Eles bloquearam, desde as quatro da manhã, todas as entradas da sede e impediram as atividades administrativas no local. O movimento recebeu a adesão de servidores do próprio MPOG. Em greve há três meses, eles reivindicam a negociação do reajuste salarial das diversas categorias que integram o segmento.

Após negociação, representantes do Comando de Greve foram atendidos pelo secretário de Relações do Trabalho do ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, que marcou a reunião para o DNIT, já que o ministério estava fechado. Na reunião, os servidores cobraram avanço na negociação das pautas específica e geral, abandonadas pelo governo desde a última rodada de negociação.

Segundo Mendonça, o governo mantém a proposta anterior de 21,3% de reajuste, dividido em quatro prestações entre 2016 e 2019, sendo 5,5% em 2016, 5 % em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. Não houve avanços também quanto aos benefícios, permanecendo para o executivo R$ 458 para o auxílio-alimentação, R$ 145 para a assistência à saúde e R$ 321 por filho, no auxílio-creche.

Sérgio Mendonça enfatizou que 31 de agosto é a data final para enviar o orçamento de 2016 na PLDO e que vai encaminhar o índice de 5,5%  referente à primeira parcela de 2016. Ele trabalha também com o prazo até 11 de setembro para concluir totalmente a negociação e enviar projeto para o congresso e que até a sexta-feira(28) encaminharia ofício às entidades ratificando sua proposta comum da pauta geral e o que avançou nas pautas específicas das entidades.  Novamente os servidores criticaram a postura do governo que já discute o PLDO e a PLOA com o Congresso, sem negociar com os trabalhadores.  

Os únicos acenos feitos por Mendonça foram a criação de uma Comissão para discutir a negociação coletiva no serviço público - que vai aguardar uma contraproposta das entidades do fórum, inclusive em relação ao  índice - e a redução de parcelamento.  Quanto à pauta específica das entidades, o governo continuará avaliando as propostas até a data limite de 11 de setembro.  

Para o coordenador da Fenajufe que participou da reunião, Saulo Arcangeli, o ato forçou o governo a discutir a negociação. "O fechamento do MPOG durante a madrugada forçou a reunião com o governo que já tinha acenado que não receberia mais as entidades, mas permanece  sua proposta rebaixada de implementação em quatro anos e que foi novamente rejeitada pelas entidades presentes. É necessário neste momento o fortalecimento da greve dos servidores e uma maior unidade para garantir que avancemos em nossa pauta que é a data-base, negociação coletiva, paridade entre ativos e aposentados, dentre outras, e na recomposição salarial das categorias ".

da Fenajufe, Luciano Beregeno
Fotos:  Joelson Rogério dos Santos

 

Pin It

afju fja fndc