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Fenajufe reúne-se com Chefe de Gabinete do líder do governo na Câmara

Federação defendeu o direito à aposentadoria dos trabalhadores, tanto da iniciativa privada quanto do serviço público

 

O trabalho de pressão em Brasília continua. Na tarde desta segunda-feira, 1, os coordenadores Costa Neto, Epitácio Júnior e Fernando Freitas, acompanhados pela Conselheira Fiscal do Sindjufe (MS), Patrícia Barbosa, reuniram-se com Leo Van Holthe, Chefe de Gabinete da Liderança do Governo na Câmara dos Deputados. O ponto principal da pauta foi a tramitação final da PEC 6/2019 na Comissão Especial e seus reflexos nocivos para a sociedade.

Os dirigentes apresentaram argumentos contrários à reforma pelo potencial lesivo aos conjunto dos trabalhadores, cuja proposta do governo ataca frontalmente os servidores públicos ao aumentar o tempo de contribuição e a idade para obtenção do benefício, além do aumento nas alíquotas de contribuição, progressivamente, de 11% para até 22%.

Os coordenadores esclareceram que o servidor público vem sendo demonizado pelo atual governo e são um dos principais alvos da reforma. Deixaram claro que os servidores públicos inativos contribuem para a previdência desde 2003 e que o sistema já se encontra quase equacionado, não se justificando os ataques sofridos. Além disso, o teto do funcionalismo público para os servidores que entraram a partir de 2013 está limitado ao do regime geral, desmistificando as falácias de que os servidores são privilegiados.

Taxativo, Van Holthe deixou claro que “quem toca a pauta da reforma da Previdência é o Ministério da Economia e o ministro Paulo Guedes”. Segundo ele, o líder – Major Vitor Hugo (PSL/GO), não tem margem de negociação sobre o tema. Na Câmara dos Deputados, a reforma, hoje, tem como principais protagonistas o presidente Rodrigo Maia (DEM/RJ) e o Centrão (DEM, PP, PSD, PR, PRB, Solidariedade, PSC, Pode, PROS, Patriotas e Avante), em interlocução direta com o ministro da Casa Civil, Ônix Lorenzoni e o secretário da Previdência, Rogério Marinho.

Leo Van Holthe disse que uma proposta de consenso no texto complementar do relator na Comissão Especial seria discutida em reunião na noite desta segunda-feira, com o objetivo de suprimir os destaques até agora apresentados – 69 no total. Ainda segundo o Chefe de Gabinete, a intenção de Maia e a vontade do governo é votar a proposta em plenário na Casa, em dois turnos, antes mesmo do recesso, em 17 de julho.

Mobilização

Mas no que depender da Fenajufe e dos servidores do PJU e MPU, não será tão fácil assim para o governo e seus aliados na Câmara dos Deputados. Com as centrais sindicais, movimentos sociais e demais entidades dos trabalhadores, a semana será de pressão intensa no parlamento. Os trabalhadores – tanto da iniciativa privada quanto do serviço público – não estão dispostos a perder direitos, sem lutar por eles.

Sindicatos da base e dirigentes da Fenajufe estão desde hoje em Brasília para buscar o voto contra a reforma. A pressão continuará ao longo da semana e estará presente também nos redutos eleitorais dos parlamentares. 2020 é ano de eleição municipal e hora de cobrar dos aliados políticos dos parlamentares, posição em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras.

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