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Plenária dos trabalhadores públicos e privados aprova mobilização nacional em 18 de março

18M será de protestos, greves e paralisações. Calendário aponta ainda semana de mobilização de 2 a 6 de dezembro contra MP 905 e as PECs 186, 187, 188 e o Pacote de Guedes

Continuando os trabalhos da Plenária Nacional dos Servidores Públicos em Brasília, no Teatro do Sindicato dos Bancários, convocada pelas entrais Sindicais, os debates agora trataram do plano de ações. O encontro reúne servidores de todas as esferas desde as 9 horas, debatendo a investida do mercado - via governo, Congresso e Judiciário - contra os serviços públicos.

Pela Fenajufe, presença dos coordenadores Elcimara Souza, Erlon Sampaio, Fabiano dos Santos, Ramiro Lopez, Roberto Policarpo e Thiago Duarte. Presença do Sitraemg (MG), Sintrajud (SP), Sintrajufe (RS) e Sisejufe (RJ).

O ataque denunciado pelas entidades nacionais e sindicatos de base, se materializa nas propostas enviadas pelo governo Bolsonaro ao Congresso e outras nascidas nas próprias Casas Legislativas Federais, que reduzem direitos dos trabalhadores e aposentados, tanto da iniciativa privada quanto do setor público.

As entidades aprovaram um plano de ação unitário com 14 pontos que orientam as atividades a serem desenvolvidas com foco no combate ao desmonte dos direitos.

A Plenária ainda aprovou Manifesto (Leia AQUI) que denuncia a mentira que representam as medidas do governo, ao não combater privilégios ao preservar salários de parlamentares, magistrados e militares das forças Armadas, sacrificando com reduções os servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada.

No documento ainda é apontada a necessidade de frear a sanha privatista do governo, aviso a entregar o patrimônio nacional a empresas estrangeiras em nada comprometidas com o desenvolvimento social e econômico do país.

O manifesto termina conclamando a todos e todas a lutarem POR EMPREGO, DIREITOS E MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO:

- Contra as privatizações e os pacotes do governo Bolsonaro que querem acabar com os serviços públicos e reduzir salários e direitos de quem atende a população.

- Pela rejeição da MP 905 do governo que significa o extermínio de direitos e o aumento da miséria da classe trabalhadora.

- Basta de ataques às organizações dos trabalhadores; em defesa das liberdades democráticas; contra os planos ultra-liberais de Bolsonaro e Guedes.

A Plenária foi ainda o momento de um ato politico pela união dos trabalhadores em defesa do Brasil. União. A palavra-chave, uma vez que nenhuma categoria vai reverter os danos sozinha.

Para construir essa unidade, expositores destacaram a importância das categorias abraçarem as pautas transversais de mulheres, negros, LGBTQ+, juventude, meio-ambiente, dentre tantas, que unificarão a luta e assim levar o povo às ruas.

O plano de ações unitárias aprovado é o seguinte:

1. Realizar ampla divulgação do manifesto aprovado na Plenária, convidando as entidades democráticas, sindicais, sociais e civis a assinarem o manifesto em apoio ao movimento.


2. Criar um comando unitário nacional e frentes únicas nos Estados para organizar um trabalho nos parlamentos e na base, unificando as mobilizações e lutas de forma a amplificar suas narrativas e argumentos junto à opinião pública e meios de comunicação.


3. Unificar o trabalho parlamentar de todas as entidades nas duas Casas do Congresso Nacional, nas assembleias estaduais e nas Câmaras municipais de forma a potencializar as posições em defesa dos serviços públicos, das empresas públicas e estatais, do Brasil e dos trabalhadores e trabalhadoras.


4. Articular e potencializar o trabalho de comunicação de todas organizações e entidades inseridas nesta batalha, visando atingir de forma intensa a comunicação junto à opinião pública. Neste sentido, indicamos uma reunião de todos os setores de comunicação das entidades sindicais para discutir uma campanha publicitária unificada de defesa dos serviços públicos e das estatais.


5. Potencializar a repercussão das ações junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Neste sentido, buscar alinhar as ações e capacidade de mobilização de forma a que os movimentos tenham mais força e maior irnpacto. Construir uma agenda unitária de lutas e atividades até o fim do ano.


6. Articular com as diversas Frentes Parlamentares a realização de eventos em todas as Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais em defesa dos serviços públicos, das empresas públicas e estatais, do Brasil e dos trabalhadores e trabalhadoras.


7. Articular a aprovação nas Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais de moções dirigidas aos deputados federais e senadores em defesa dos serviços públicos, das empresas públicas e estatais, do Brasil e dos trabalhadores e trabalhadoras, em especial contra a MP 905, PECs 186, 187 e 188, a reforma administrativa e as privatizações.


8. Articular uma estratégia de ação unitária no campo jurídico em relação aos projetos contrários aos interesses desta ampla frente sindical em defesa dos serviços públicos, das empresas públicas e estatais, do Brasil e dos trabalhadores e trabalhadoras.


9. Posicionar-se contra a PEC que prevê a redução da jornada e redução proporcional de salários e subsídios, e todas as medidas em tramitação contra os interesses soberanos do Brasil e dos trabalhadores e trabalhadoras.


10. Realizar de 2 a 6 de dezembro 2019, uma semana de agitação e panfletagem na contra a MP 905, as PECs 186, 187 e 188 e o Pacote de ajustes do Guedes.


11. Realizar em 12 de fevereiro uma atividade no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.


12. Reforçar o dia 8 de março, dia internacional das mulheres.


13. Indicar o dia 18 de março como uma data nacional de paralisação, mobilização, protestos e greves.


14. Indicamos ainda às centrais sindicais a necessidade de discussão da realização de uma greve geral no pais.

 

Luciano Beregeno, da Fenajufe (texto e fotos) 

 

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