fbpx

Servidores do Judiciário Federal de Alagoas realizam paralisação de 24 horas

Os servidores do Judiciário Federal de Alagoas realizaram uma paralisação de 24 horas na quarta-feira (19/03). A categoria se concentrou em frente ao Fórum Eleitoral Desembargador Moura Castro, para realização de ato público contra o congelamento de salário e por data-base com revisão anual linear, que contou com a participação de servidores da Justiça Federal, da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral.

A mobilização fez parte das atividades do Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais que definiu a construção da greve por tempo indeterminado para forçar o governo Dilma a negociar as reivindicações apresentadas ao Ministério do Planejamento.

No ato público, o coordenador Geral do Sindjus/AL, Paulo Falcão, citou o exemplo de luta dos garis, que somente saíram da greve após a conquista de seus pleitos. “Isso mostra que é possível vencer com luta”.  O sindicalista considerou um ‘apartheid’ o projeto próprio de carreira para o servidores do Supremo Tribunal Federal. “Tal iniciativa visa a destruir a unidade da categoria”, protestou.

No ato público, Falcão mostrou o uso de 42% do orçamento da União para pagamento da Dívida Pública, o que corresponde a um trilhão de reais. Ele destacou que a Previdência que é alvo dos empresários e banqueiros. Também parabenizou os técnicos da Ufal que deflagraram greve por tempo indeterminado.

O coordenador Jurídico do Sindjus/AL, Marcus Robson, ressaltou que o Brasil sempre atende os interesses das grandes nações e das transnacionais para suprimir direitos e sucatear os serviços públicos, com privatização e terceirização. “Temos um governo insensível que impõe metas antidemocráticas que não levam em conta os interesses da população”.

De acordo com o sindicalista, o ataque ao direito de greve, como ocorreu pelo Supremos aos policiais federais, é uma forma de desmobilizar a sociedade e desarticular a classe trabalhadora.

O coordenador Administrativo do Sindjus/AL, Alex Cardoso, disse que não vê nenhuma garantia para receber reajuste, gratificação, subsídio, ou seja, nada do governo, caso os servidores não se mobilizem e permaneçam na luta. “O governo não concede nada de graça”, lembrou. Ele parabenizou os servidores que se filiaram. Denunciou uma campanha nacional contra os sindicatos.

Batismo de filiação

A paralisação de 24 horas foi marcada pelo batismo dos servidores que se filiaram ao Sindjus/AL. O coordenador Geral, Paulo Falcão, destacou a importância da filiação para representatividade do sindicato diante aos tribunais, para garantir direitos e fortalecer a categoria.

Para a servidora da Justiça Federal Vera Pontes é importante prestigiar o sindicato e participar da mobilização. “Os servidores devem estar presentes. A participação tem que ser efetiva para que haja repercussão. As pessoas, que estão à frente do sindicato, precisam da representatividade pelos filiados. Todos devem muito ao sindicato. Se tivemos reajustes, por menor que seja, foram graças à luta do sindicato em conjunto com os servidores”.

Condições de trabalho

O Fórum Eleitoral Desembargador Moura Castro ainda continua com as precárias condições estruturais desrespeitando as normas de acessibilidade. O servidor Nobuo Ninomiya que reivindica, desde 2005, um elevador no órgão, revela que é constrangedor pedir ao segurança que o ajude a subir a rampa. Os servidores portadores de deficiência física ficam impossibilitados de acessar livremente os andares superiores do prédio por conta da inclinação da rampa. Os banheiros também estão fora das normas.

Apesar da ação de interdição do Fórum Eleitoral, a administração do TRE/AL tem realizado reformas, mas que ainda não resolveram os problemas.

Próximos atos

O coordenador Geral do Sindjus/AL, Paulo Falcão, informou que aguarda as deliberações da reunião ampliada da Fenajufe para definir os próximos passos da mobilização nacional.

Reivindicações

Os servidores reivindicam a revisão anual dos salários na data-base, que é prevista pela Constituição mas desrespeitado pelo governo; política salarial permanente; incorporação de gratificações; paridade entre ativos e aposentados e reestruturações de carreiras, dentre outros pontos. Na campanha, os servidores questionam os gastos com a Copa e o pagamento dos juros da dívida pública que, este ano, será um trilhão de reais.

As categorias também cobram a antecipação da última parcela de 5% prevista para janeiro de 2015, a regulamentação da negociação coletiva no serviço púbico; a nulidade da reforma da previdência aprovada mediante a compra de votos de parlamentares no esquema do “Mensalão”, conforme julgamento do Supremo Tribunal Federal na AP nº 470; bem como revogação do Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp); entre outras.

Fonte: Sindjus/AL

Pin It

afju fja fndc