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Greve em Minas pode iniciar dia 26

 

Cerca de 200 servidores decidem pela paralisação de 24 horas dia 26, com AGE para deliberar sobre adesão à greve nacional iniciada em 6 de agosto; objetivo imediato é garantir o PCS no Orçamento
 
 

Durante ato público e assembleia realizadas na tarde desta quarta-feira, 20, em frente ao prédio do TRE-MG em Belo Horizonte, os servidores do Judiciário Federal decidiram paralisar suas atividades por 24 horas no dia 26, em todo o estado, e realizar novo ato público (no mesmo local: TRE da avenida Prudente de Morais, 100, BH) seguido de assembleia que poderá referendar o início imediato da greve, seguindo vontade já manifestada pela categoria na pesquisa realizada pelo SITRAEMG, nas últimas semanas, nos locais de trabalho da capital e interior (veja aqui mais detalhes e o resultado da pesquisa). “Temos até o dia 31/08 para incluir, no orçamento, o Substitutivo ao PL 66/13/09. Então, queremos saber de você, servidor(a): que tipo de manifestação você está disposto(a) a participar? __ Greve__Paralisação de 1 (um) dia__Apenas realização de atos”, quis saber o SITRAEMG na consulta à categoria. A maioria respondeu que quer GREVE.

Ainda na assembleia desta quarta-feira, decidiu-se que o Sindicato enviará uma caravana de servidores para o Ato Nacional no STF, que será realizado em Brasília no dia 27.

[Filiados interessados em ir devem entrar em contato com Cássia, na Secretaria,até, no máximo, sexta-feira, dia 22 – (31) 4501-1500 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.]

No mesmo horário do ato da capital, houve manifestação também em Juiz de Fora, onde os servidores concentraram-se em frente ao Foro da Justiça do Trabalho, no Centro. Os coordenadores sindicais Igor Yagelovic, Célio Izidoro Rosa, Vilma Lourenço, Daniel de Oliveira, Geraldo Correia da Cruz e Dirceu José dos Santos estiveram no ato em BH, além de servidores da Justiça do Trabalho de Contagem.

“A luta é aqui no chão”

O coordenador Célio Izidoro convidou os colegas a descerem e se juntarem aos participantes do ato, pois é preciso dar um basta na política de arrocho salarial que o governo federal vem impondo à categoria. Para o sindicalista e servidor do TRT, é preciso que a categoria force o Supremo Tribunal Federal a retomar sua autonomia e lutar pelos servidores. Izidoro criticou a postura da presidente de declarar em suas falas que os servidores já ganham o suficiente, sendo que já são oito anos sem reajuste, com quase metade do orçamento do país sendo utilizado para pagar banqueiros, empreiteiros e os juros da dívida pública – um prejuízo amargado também pela Saúde, Educação e Habitação. Célio acredita que é preciso se solidarizar e unir forças aos outros servidores já em greve, para aumentar o poder de pressão.

O coordenador sindical Célio Izidoro: "a luta é aqui no chão" (Foto: Janaina Rochido)

O coordenador sindical Célio Izidoro: “a luta é aqui no chão” (Foto: Janaina Rochido)

A coordenadora Vilma Lourenço e o filiado David Landau passaram informes para os participantes durante o ato. Vilma falou sobre o resultado da pesquisa realizada pelo SITRAEMG na última semana com os servidores a respeito da atividade que preferiam realizar na mobilização (veja os resultados aqui, na matéria completa) e, também, sobre o andamento do PL 7027/2013 (cria cargos para a Justiça Eleitoral e dá isonomia aos chefes de cartório do interior e da capital). A sindicalista também falou sobre a reunião entre Fenajufe e o diretor geral do Supremo Amarildo Vieira, quando este disse que o ministro Ricardo Lewandowski, agora presidente do STF, vai ratificar a proposta de substitutivo do PL 6613/09, parado na CFT da Câmara, sob relatoria do deputado João Dado (SDD/SP) – veja detalhes da reunião aqui.

A coordenadora sindical Vilma Lourenço (Foto: Janaina Rochido)

A coordenadora sindical Vilma Lourenço (Foto: Janaina Rochido)

David Landau repassou aos colegas o quadro nacional de mobilização (veja aqui, atualizado em 19/08) e chamou a atenção para o prazo de 31 de agosto, último dia para o governo incluir a previsão orçamentária para o PL 6613/2009 no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). “Esse é o nosso momento, não podemos deixá-lo passar”, alertou David, referindo-se também às eleições: “não sabemos o que vem depois [para a categoria], mas coisa boa é que não é”, acredita.

 David Landau, filiado e servidor do TRT em Belo Horizonte (Foto: Janaina Rochido)

David Landau, filiado e servidor do TRT em Belo Horizonte (Foto: Janaina Rochido)

O filiado Luiz Fernando Gomes também se manifestou durante o ato desta tarde, chamando a atenção dos colegas para a importância de escolher bem em quem votar nas eleições de logo mais. Há poucos representantes de fato dos servidores dentre os 513 deputados federais e 81 senadores. Para ele, há uma crise no país e ela vai piorar após as eleições – basta ver como os governos vêm tratando as manifestações de trabalhadores, duramente reprimidas pela polícia. Luiz também trouxe à discussão a necessidade da data-base dos servidores, que, se colocada em prática, facilitaria em muito para a categoria conseguir seus devidos reajustes.

O servidor do TRT e filiado Luiz Fernando: luta pela data-base também (Foto: Janaina Rochido)

O servidor do TRT e filiado Luiz Fernando: luta pela data-base também (Foto: Janaina Rochido)

Servidores estão cansados

O coordenador geral do SITRAEMG Igor Yagelovic é servidor do TRE na capital e criticou duramente o governo federal e sua postura de arrocho. Durante o ato, ao se dirigir aos colegas, Igor disse que a categoria está cansada de “ser feita de palhaço” pelo governo, que enrola para negociar. “Desrespeito” é a definição do coordenador do Sindicato para o que o Palácio do Planalto vem fazendo, com os trabalhadores, ao gastar milhões com a dívida pública, banqueiros e empresários, enquanto impõe aos servidores um arrocho de mais de oito anos. Indignado, Yagelovic chamou os servidores à greve e reforçou: “só com greve vamos conseguir o que queremos, a greve é para incomodar mesmo”.

Fonte: Sitraemg/MG

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