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Categoria em Mato Grosso suspende greve, mas segue firme na luta pelo reajuste salarial

Assembleia geral que suspendeu a Greve também aprovou a volta do Comando de Mobilização, cuja atribuição será a definição do calendário para a retomada da luta.

Os servidores do judiciário federal de Mato Grosso que estavam em Greve por tempo indeterminado desde o dia 18 de agosto retornarão ao trabalho nesta quinta-feira (18). Conforme deliberação da assembleia geral, realizada pelo SINDIJUFE-MT na tarde de hoje (17), no saguão de entrada da Justiça Federal, a Greve foi suspensa, e também foi instalado o Comando de Mobilização, para a retomada da luta pelo reajuste salarial.

As decisões foram tomadas após ampla discussão entre os participantes da assembleia e avaliações da mobilização nacional, com base nos informes feitos pela direção do SINDIJUFE-MT. Dos onze sindicatos que estavam em Greve desde o mês de agosto, apenas três, incluindo Mato Grosso, ainda estavam parados até esta manhã. Houve, porém,  deliberação de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, de suspender o movimento. Mato grosso ficou sozinho e também precisou suspender a Greve, a despeito de vários militantes que gostariam de poder estender a Greve.

A Greve foi suspensa mas a luta deve continuar, e o Comando de Mobilização do SINDIJUFE-MT é quem se encarregará de ajudar o Sindicato a conduzir a Categoria em Mato Grosso para a retomada da batalha pelo reajuste salarial. Dentre as atribuições do Comando está a definição de um calendário de mobilização, a fim de assegurar a conquista do reajuste. Para isso, será preciso pressionar o executivo e o Congresso nacional, porque, como se sabe, o governo deixou o judiciário de fora do PLOA, que é o projeto orçamentário da União para 2015.

Comando de Mobilização do SINDIJUFE-MT

O Comando de Mobilização também irá acompanhar as negociações com os tribunais no retorno dos servidores ao trabalho. A assembleia manteve a tradição do Sindicato, em que a Categoria sempre retorna ao trabalho negociando a reposição do serviço acumulado durante a Greve.

O Comando de Greve foi desativado, e seus integrantes passaram a fazer parte, automaticamente, do Comando de Mobilização . Mas o SINDIJUFE-MT informa que quem quiser participar pode solicitar a inscrição junto à direção do Sindicato.

Conquistas parciais durante a Greve

"Faltou o reajuste salarial, que é o principal objetivo da nossa luta desde 2009, mas tivemos nesta greve várias vitórias parciais", disse o diretor do SINDIJUFE-MT Pedro Aparecido de Souza. Ele lembrou que a mobilização da Categoria obrigou o STF a enviar para o executivo os valores para o reajuste do judiciário, e também fez com que o novo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, recebesse a Categoria e se comprometesse a buscar uma negociação com o governo. "É apenas uma promessa, mas foi através da nossa pressão que conseguimos arrancar este compromisso da parte de Lewandowski, e se ele não cumprir o acordo a gente pode retomar a Greve", observou Pedro Aparecido.

O diretor do Sindicato também falou das várias reuniões que o SINDIJUFE-MT e demais entidades representativas da Categoria conseguiram ter com as administrações dos tribunais superiores, incluindo o diretor geral e o presidente do STF. O SINDIJUFE-MT teve reunião com o presidente do TRF-1, desembargador Cândido Artur Medeiros Ribeiro Filho, e com o presidente do TST, ministro Antonio José de Barros Levenhagen, para negociação do reajuste salarial e outras pautas da Categoria.

Aplausos e solidariedade

A Greve foi suspensa com uma salva de palmas para os servidores da Justiça Federal de Rondonópolis e Cáceres, que permaneceram em Greve até a decisão final da Categoria e do SINDIJUFE-MT. Também teve aplausos para todos os servidores que aderiram à Greve, especialmente os servidores do TRT-23, que tiveram o ponto cortado pelo Tribunal e mesmo assim permaneceram em Greve até o fim.

Fonte: Sindijufe/MT, por Luiz Perlato

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