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Servidores do RN se decepcionam com postura do presidente do TST sobre o PCS e seguem com a greve de 48 horas

Sindicatos

Durante realização do ato público pelo PCS na manhã desta quarta-feira (29), em frente ao prédio do TRT, uma comissão formada por um representante do Sintrajurn-RN, o coordenador geral Clayton Araújo, um representante dos servidores grevista do Ministério Público Federal, Gustavo Muzzi, e um dos servidores do TRT, Olavo Queiroz, foi recebida pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro João Oreste Dalazen, durante instalação do Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho no Estado.

O ministro, apesar de afirmar ser a favor do movimento pelo reajuste salarial pelo fato de, segundo ele, ter familiares servidores públicos, disse que a chave do cofre estava com a presidente Dilma e que não seria viável esse enfrentamento agora. Informou ainda que havia conversado sobre o assunto com o ministro Ayres Brito, que disse estar difícil a negociação, mas que está fazendo de tudo para ter um desfecho.

“Não foi o que esperávamos ouvir do ministro. Esperávamos ouvir que ele estava empenhado na nossa luta. Isso é muito preocupante e é mais um motivo para continuarmos com o movimento pela conquista do PCS e com a parada geral nesta quinta e sexta-feira” disse Clayton.

O Sintrajurn orienta aos servidores a continuar na luta participando da greve geral de 48 horas nesta quinta e sexta-feira. O sindicato informa que sem servidor na rua pode acontecer de vir uma proposta do governo que prejudique a categoria de vez. “Essa paralisação acontece devido a uma intransigência do governo em não querer negociar” reafirmou o coordenador geral do Sintrajurn, Janilson Sales de Carvalho.

Ao final do ato público, logo no início da tarde desta quarta-feira, a coordenadora do Sintrajurn, Silvana Benevides, se reuniu com Juiz Federal Manuel Maia de Vasconcelos Neto, Diretor do Foro da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, para solicitar apoio à luta dos servidores e a paralisação dos próximos dias. O juiz disse que o pleito era justo e que, na condição de administrador, tinha que ficar isento, mas pediu a manutenção dos 30% de funcionamento. Disse ainda que a relação entre as partes, direção e sindicato, estavam mais maduras e serenas em virtude da greve do ano passado e nada seria modificado. “Foi muito positivo este encontro no sentido de total isenção e neutralidade do Diretor do Foro e o reconhecimento de que a greve é um direito constitucional e, por isso, mais uma vez, chamo os colegas a lutar pela conquista do plano”, disse Silvana.

Greve de 48 horas

O Sintrajurn-RN ressalta que a paralisação de dois dias, nesta quinta e sexta-feira (30 e 31), representa uma importante decisão frente à luta nacional pela aprovação do PCS ou para uma proposta que reponha os 40% de inflação dos últimos seis anos. “A promessa de 15.8%, encaminhada pela presidenta Dilma, rejeitada em todas as assembleias dos servidores do Judiciário Federal até agora anula a discussão sobre as perdas acumuladas e tem como objetivo coibir as lutas dos servidores públicos federais durante o governo Dilma e contribuir para reeleição do mandato”, avalia o sindicato.

Programação durante a greve de 48 horas

30/08 – Quinta-feira – Ato durante todo o dia em frente à Justiça Federal e TRE

31/08 – Sexta-feira - Ato durante todo o dia em frente ao TRT e TRE

Fonte: Sintrajurn-RN