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Servidores de Alagoas rejeitam proposta do STF e reafirmam luta pela revisão salarial

Nesta quarta-feira (29), em frente ao Fórum Eleitoral, os servidores do Judiciário Federal e do MPF de Alagoas rejeitaram, por unanimidade, a proposta apresentada pelo diretor-geral do Supremo Tribunal Federal (STF), Amarildo Vieira, e reafirmaram a luta pela aprovação dos projetos de leis que revisam o Plano de Cargos e Salários da categoria.

O coordenador Jurídico do Sindjus/AL, Paulo Falcão, esclareceu que a proposta não contempla a revisão do Plano de Cargos e Salários (PCS) e é uma maneira disfarçada do governo impor o percentual de 15,8%, em três parcelas de 5%, já rejeitado pela categoria. O sindicalista também alertou que a gratificação pode ser retirada do salário, e não valoriza o salário base da categoria.

Grande manifestação

Na mesma quarta-feira (29), os servidores do Judiciário Federal e do MPF unificaram a luta e realizaram grande manifestação pelo envio da revisão salarial à Lei Orçamentária Anual. O protesto aconteceu em frente à Procuradoria da República, de onde a categoria seguiu em caminhada até o Fórum Eleitoral, onde realizou a assembleia que decidiu pela rejeição da contraproposta do STF.

Após a caminhada, a manifestação ocupou parte da Avenida Fernandes Lima, a mais movimentada de Maceió, para realização de ato público. A atividade de greve foi marcada pelo ‘apitaço’ em frente ao órgão federal. Uma das faixas informava que desde que o MPF denunciou os 40 envolvidos no esquema do “Mensalão” em 2006, os servidores não tiveram mais reajuste salarial.

O coordenador Jurídico do Sindjus/AL, Paulo Falcão, ressaltou que os servidores não vão aceitar que o direito de greve seja impedido, bem como a perseguições nos tribunais. Ele também destacou a luta contra os projetos de leis 549/2009 (congelamento de salário por dez anos) e 24/1998 (de demissão por insuficiência de avaliação de desempenho).

Na manifestação, o servidor do TRE José Valteno alertou que era uma mentira a proposta de 15,8% anunciada pelo governo e propagada pelos meios de comunicação. “A proposta é 5% em 2013, 5% em 2014 e 5% em 2015. Ela não recupera a inflação dos últimos seis anos que a categoria está sem reajuste e nem tão pouco a inflação dos próximos três anos. Afirmar o percentual de 15,8% é colocar a sociedade contra os servidores”, protesta Valteno.

Surpreendida com a participação da categoria, a servidora do TRT Dora Castro ressaltou sua alegria e esperança na greve contra o congelamento de salário. “É positivo essa parceria dos servidores do Judiciário Federal com os do MPF”.

A manifestação recebeu apoio da integrante do Movimento Mulheres em Lutas, Laís Goes, e da integrante da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel), Gabriela Costa.

Fonte: Sindjus-AL

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