fbpx

Reforma da Previdência: Sintrajufe/RS participa de grande protesto em Porto Alegre, que termina apontando greve geral

Sindicatos

 

 

 

 

Sintrajufe (RS)

A sexta-feira, 22, foi, em todo o Brasil, um Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência. Em diversas capitais e cidades do interior, houve grandes mobilizações nas quais os trabalhadores saíram às ruas para dizer “não” à reforma proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), que, na prática, levaria à extinção gradual da Previdência Pública no país. Em Porto Alegre, o Sintrajufe/RS participou do ato unificado que tomou a Esquina Democrática no final da tarde. Durante o dia, houve assembleias de base em Porto Alegre e no interior do estado, onde os colegas discutiram os impactos da reforma da Previdência sobre a categoria e sobre a sociedade, e como enfrentá-la.

Durante a tarde, os trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul realizaram assembleias de base, organizando a luta. O dia, de importantes debates sobre as melhores formas de enfrentar os ataques à aposentadoria e ao serviço público, culminou no grande protesto convocado pelas centrais sindicais e por grupos como o Fórum Gaúcho em Defesa da Previdência e que teve concentração a partir das 18h na Esquina Democrática, em Porto Alegre.

O Sintrajufe/RS esteve presente no ato, que teve, ainda no ponto de partida, falas de representantes das centrais sindicais, de diversos partidos políticos e de movimentos sociais. Ao microfone, condenaram a reforma proposta por Bolsonaro, criticaram a proposta para a aposentadoria dos militares das forças armadas e clamaram à unidade como grande arma dos trabalhadores nessa luta urgente e necessária. A grande mídia, os banqueiros e os grandes empresários também foram criticados pela defesa de seus interesses frente às necessidades da maioria da população, já que, como pontuaram os presentes, a reforma da Previdência beneficia apenas os mais ricos, jogando os trabalhadores na miséria justamente quando mais precisam de suporte, na velhice.

Os cânticos que começaram já na Esquina Democrática deram o tom da caminhada que seguiria pelo Centro em seguida: “Não passará! Não passará!” foi o grande recado da noite, que ainda teve gritos de “Não tem reforma! Não tem reforma!”, “Ô Bolsonaro, presta atenção, essa reforma não passa, não”, entre outros cantos, que prometeram, ainda, que “eu não vou trabalhar até morrer”.

Por volta das 19h30min, milhares de pessoas saíram em caminhada pela avenida Borges de Medeiros, cantando, gritando e prometendo ampliar a luta e conduzi-la a uma greve geral para barrar a reforma da Previdência.

A luta contra a proposta de Bolsonaro continua em diversas frentes: na próxima semana, o Sintrajufe/RS estará em Brasília para conversar com parlamentares sobre o assunto; já no dia 30, o Fórum Gaúcho em Defesa da Previdência promove, em Porto Alegre, um seminário sobre a reforma, discutindo seus nefastos efeitos para o presente e o futuro da população brasileira – caso a proposta seja aprovada, claro, o que, a depender da vontade dos milhares que estiveram nas ruas em todo o Brasil nessa sexta, não vai acontecer.