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Em inédita reunião online, Sintrajufe/RS discute condições de trabalho na pandemia

 

Sintrajufe/RS

No final da tarde dessa segunda-feira, 11, o Sintrajufe/RS realizou reunião do Conselho Geral da entidade, formado pela Direção Colegiada e pela Direção de Base. Devido à pandemia do novo coronavírus, o encontro foi feito de maneira digital. Participaram 55 pessoas, entre direção do sindicato e direções de base, das cidades de Bento Gonçalves, Cachoeira do Sul, Camaquã, Canoas, Caxias do Sul, Igrejinha, Lajeado, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santiago, Taquara, Três Passos, Tupanciretã e Uruguaiana.

Diretoras e diretores explicaram que o sindicato tem atuado em três frentes: manutenção das medidas de isolamento social; suporte no trabalho remoto, no qual há sobrecarga, principalmente para mulheres, devido à rotina familiar e proteção de quem está trabalhando presencialmente. A direção do Sintrajufe/RS fez relatos sobre as medidas tomadas, desde o início da pandemia, para assegurar segurança e preservar a saúde de servidores e servidoras do Judiciário Federal e do Ministério Público da União no estado, contatos e ofícios enviados às administrações, além de ação judicial para garantir o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os oficiais de justiça, que têm que fazer atividades presenciais.

Também foi ressaltada a preocupação com a pressão pelo retorno ao trabalho por alguns setores das administrações, além de ações solidárias nas quais o sindicato está envolvido. Foi destacado que a preocupação se estende a estagiários e trabalhadores terceirizados, para que tenham garantidos os salários, mesmo que afastados do trabalho. Fora a questão da pandemia, também houve informe sobre a liminar em que o Sintrajufe/RS conseguiu a revogação do aumento da alíquota previdenciária para toda a categoria no Rio Grande do Sul.

Os diretores da Fenajufe Edson Borowski, Ramiro López e Cristiano Moreira (os dois primeiros, também da direção do Sintrajufe/RS) falaram sobre as ações da Fenajufe, em especial as gestões junto ao CNJ para ampliar o prazo para o trabalho remoto, que, no último normativo, foi estendido até 31 de maio.

Relatos mostram apreensão de colegas

A organização do trabalho, as condições oferecidas pelas administrações para o trabalho remoto e o alastramento da pandemia entraram nos relatos das diretoras e dos diretores de base. Oficiais de justiça falaram, também, sobre as dificuldades que tiveram em algum momento para receber EPIs ou ressarcimento.

Outra preocupação é com as audiências telepresenciais na Justiça do Trabalho, em que servidores terão que ir aos locais de trabalho para organizar a audiência e também terão que lidar com a falta de equipamento e treinamento, enquanto os juízes poderão ficar em casa. Na Justiça Eleitoral, a aflição é quantos aos prazos do calendário eleitoral. Foi levantada a preocupação sobre como operacionalizar uma eleição em uma situação de pandemia.

Duas das cidades proporcionalmente com grandes índices de infectados no estado, Lajeado e Passo Fundo, têm sido palco de atos pela abertura do comércio e outras atividades; em ambas, frigoríficos são focos da covid-19. O colega Daniel Cruz, de Lajeado, disse que há muita pressão do comércio pela abertura e também muita gente circulando na rua; por outro lado, o hospital já não tem mais vagas na UTI. A covid-19 se alastra, principalmente, na periferia da cidade. A colega Raquel Beltrame Rauber, de Passo Fundo, também relatou carreatas da cidade, pessoas na rua, festas e pressão de empresários querendo a “volta da normalidade”. Segundo ela, a situação na cidade é esta: “carreatas, mortes”.

A direção do Sintrajufe/RS reafirmou sua posição de defesa da manutenção do confinamento, com trabalho remoto, para preservação da saúde da categoria, de seus familiares e usuários do Judiciário Federal e do MPU, principalmente neste momento, pois os números no Brasil estão em crescimento. Se for necessário, como derradeira alternativa, o sindicato buscará judicialmente essa proteção à categoria. A posição do sindicato, como já expressa na ação protocolada com relação aos oficiais de justiça, é de que nenhum servidor, durante o confinamento ou após, enquanto permanecerem as orientações das entidades de saúde, trabalhe sem a garantia do EPI disponibilizado pelo respectivo órgão em que atue.

Ao final, foi ressaltado que o sindicato, mesmo com a sede fechada, permanece atuando. Há plantão telefônico e o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., para o qual podem ser enviados relatos de quaisquer problemas relativos ao trabalho durante a pandemia, como aumento de carga de trabalho, falta de planejamento, falta de condições de trabalho, cobrança de metas, entre outros.

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