Concentração na Praça Multieventos, Pajuçara, Maceió, 9 horas.Uma grande manifestação nacional contra o governo Bolsonaro está marcada para este sábado (24). Em Maceió, a concentração será na Praça Multieventos, às 9 horas.
Movimentos sociais, sindicatos, como o Sindjus-AL, centrais sindicais, como a CSP-Conlutas, partidos políticos de esquerda, trabalhadores rurais e população em geral sairão às ruas para exigir o fim do governo Bolsonaro que é sinônimo de desemprego, mortes, inflação, fome, miséria, retirada de direitos fundamentais, destruição do meio ambiente e descaso total com a população.
A mobilização nacional é por mais vacinas, em defesa dos direitos, contra a reforma administrativa, contra as privatizações, como os Correios, Petrobrás e Eletrobrás, contra o aumento dos preços dos alimentos, do gás de cozinha e do combustível, contra o desemprego de mais de 14 milhões de pessoas.
No Brasil, existem 19 milhões de pessoas passando fome e 125 milhões vivendo em situação de insegurança alimentar.
Reforma administrativa
Os serviços públicos estão ameaçados com a reforma administrativa, PEC 32, também conhecida como “PEC da rachadinha”, que abre espaço para a corrupção. Essa PEC retira os direitos dos servidores públicos, acaba com a realização de concurso público, retira a estabilidade, que protege os servidores de ingerência política e assédios.
A PEC promove a terceirização dos serviços públicos para garantir lucros a setores privados ao custo da precarização do atendimento à população.
Covid-19
No Brasil, já morreram mais de 540 mil brasileiros por covid-19 devido a negação à ciência e as medidas sanitárias de prevenção. Bolsonaro incentivou o uso de medicamentos sem eficácia, a imunidade de rebanho, não priorizou a vacinação da população.
Uma nova onda de contágios e mortes está se aproximando com a variante da Índia, e a vacinação no Brasil continua lenta no país com menos de 20% da população com as duas doses da vacina.
A CPI da Covid mostrou o envolvimento do governo Bolsonaro com a tentativa de compra superfaturada da vacina Covaxin (1.000% mais cara), que não estava aprovada pela Anvisa, enquanto foram boicotadas as compras da Pfizer e da Coronavac.
O servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, responsável pelo setor de importação do Ministério, revelou à CPI a pressão para a liberação da negociata sobre a Covaxin. O pagamento de R$ 1,6 bilhão ocorreria via uma empresa offshore (de fachada) em Cingapura, que é um paraíso fiscal.
Fora Bolsonaro
Em todo o país, ecoa o grito de Fora Bolsonaro. Com a situação de caos e miséria no país, a desaprovação ao governo Bolsonaro é recorde. Segundo pesquisa Datafolha, 51% consideram ruim e péssimo, e 70% acham que existe corrupção em seu governo.
Mesmo com os escândalos e a fome no país, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, nega-se a dar encaminhamento aos mais de 130 pedidos de impeachment em troca de bilhões em emendas. Na grande manifestação em Maceió, a pressão dos manifestantes será no deputado federal alagoano, que está associando sua imagem com o descaso do governo Bolsonaro.
Todas nas ruas pelo Fora Bolsonaro, Mourão e Guedes!