fbpx

Ato contra a reforma da Previdência lota o Petrônio Portella no Senado

Entidades nacionais, movimentos sociais, sindicatos, parlamentares da oposição, trabalhadoras e trabalhadores - da iniciativa privada e serviço público - lotaram o auditório Petrônio Portella em um grande ato contra a reforma da Previdência na manhã desta terça-feira (3), no Senado Federal. A manifestação em defesa da aposentadoria digna para todos aconteceu às vésperas da votação na Comissão de Constituição Justiça (CCJ).

Pela Fenajufe, participaram a coordenadora Lucena Pacheco Martins e os coordenadores Evilásio Dantas, Isaac Lima e Roberto Policarpo. Pela base, representantes do Sintrajud-SP, Sintrajurn-RN, Sitraemg-MG e Sindjus-DF. Nas diversas participações um só objetivo: não desistir da luta contra o desmonte da Previdência Social.

Na tribuna, o coordenador Isaac Lima disse que a PEC 6/2019 não combate privilégios e denunciou os ataques do governo aos servidores públicos, às entidades públicas e aos trabalhadores. “Quem vai pagar a maior parte dessa conta são os mais pobres, os que têm menos recursos”.

O coordenador lembrou que o ataque ao serviço público não começou no governo Bolsonaro, mas vem desde o governo Temer com a aprovação da reforma Trabalhista, que na prática acabou com a Justiça do Trabalho que é uma Justiça Social que faz o que as outras não fazem - pois tira do patrão e dá para o empregado.

A tramitação do PLS 116/2017 no Senado também foi destaque na fala do dirigente. "E fazemos um apelo aos senadores que votem contra esse projeto, pois um servidor público estável ele combate, entre outras coisas, à corrupção", explica.

Assista:

 

Luta das mulheres

"Quem não se movimenta não sente a corrente que os prende". Com esse mote, as trabalhadoras demonstraram a força que a luta feminina tem: acorrentadas, as mulheres saíram do Petrônio Portella e caminharam até a entrada do Anexo II numa inspiradora demonstração de resistência. Elas representaram as mulheres do judiciário, do campo, da cidade, da floresta e das águas do Brasil.

A coordenadora Lucena Pacheco reforçou a necessidade de união das mulheres para que a reforma e o governo sejam derrotados. “Esse governo ultraliberal vem pressionando a gente com medidas cruéis. Precisamos estar todas juntas. Ninguém anda sozinha, ninguém solta a mão de ninguém. Estamos juntas nessa luta!”.

Assista:

 

CCJ

Nesta quarta-feira (4), após a complementação do voto que será apresentada pelo relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), a CCJ deve votar a reforma da Previdência. Tasso vai manter o texto aprovado na Câmara dos Deputados e, dessa forma, dar celeridade ao desmonte da aposentadoria por tempo de serviço. Foram apresentadas 376 emendas.

Íntegra do ato:

 

 

Raphael de Araújo, da Fenajufe

Fotos: Joana Darc Melo

Pin It

afju fja fndc