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Plenária reúne Sintrajufe/RS e demais categorias em greve para debater ações unificadas

Sintrajufe/RS

 

 
Na noite dessa segunda-feira, 13, representantes de sindicatos e movimentos sociais realizaram uma plenária no auditório do Sindisprev/RS, em Porto Alegre. Os Sintrajufe/RS foi representado, na plenária, pelos diretores Cristiano Moreira, Fagner Azeredo e Ruy Almeida.

A atividade foi organizada em apoio às greves em curso no estado. A plenária também discutiu formas de ação e aprovou a realização de dois atos públicos. No dia 28 de julho, um ato unificado com todas as categorias de servidores, das esferas federal, estadual e municipais. O segundo ato, previsto para a primeira quinzena de agosto, terá como pauta o rechaço ao ajuste fiscal de Dilma e Sartori e a denúncia da postura reacionária do Congresso Nacional.
 
 

No início da plenária, foi aberto espaço para informes das categorias em greve: Judiciário Federal, Judiciário Estadual, servidores das universidades federais e da previdência. Cristiano explicou que os servidores do Judiciário Federal no RS realizam a maior greve de sua história, mostrando a indignação da categoria com perdas acumuladas de 49,6% nos últimos 9 anos e com a retirada de direitos, enfrentando a intransigência de Dilma e de Lewandowski, presidente do STF que atua como linha auxiliar do governo. A greve da categoria conquistou uma vitória fundamental com a aprovação do PLC 28/15, no Senado, disse o dirigente, e agora luta pela sanção. Cristiano destacou a subserviência do STF, até agora em silêncio mesmo diante de declarações do governo de que vetaria o projeto, o que impõe a mobilização da categoria para garantir a conquista da reposição salarial; por isso, em mais uma atividade de pressão, realizará um ato público em Laguna, nesta quarta-feira, 15, quando Dilma fará a inauguração da ponte Anita Garibaldi naquela cidade.

O diretor do Sindjus/RS Davi Pio dos Santos disse que a greve do Judiciário Estadual, além da questão salarial (são 54% de perdas), busca soluções para problemas como a falta de provimento de 2 mil cargos, o excesso de trabalho e o adoecimento, o assédio moral. Além disso, destacou a denúncia, para a sociedade, do auxílio-moradia para magistrados. Representando o Sindisprev, Carmen Beatriz Fosch disse que a greve da categoria atinge 80% dos servidores da previdência. Entre os motivos que levaram a categoria a parar estão assédio moral institucionalizado; prejuízos nas futuras aposentadorias de 15 mil servidores, que perderiam 50% dos rendimentos por conta da não integralização das gratificações; e falta de estrutura de trabalho e de servidores.

A greve mais longa, dos servidores das universidades, começou em 28 de maio. Segundo a diretora da Assufrgs Bernadete Menezes, são 65 instituições paradas em todo o país. Os servidores, em seu movimento, denunciam a falta de recursos, a falta de estrutura, o avanço da terceirização e a tentativa de impor normas de gestão da iniciativa privada no serviço público, via Conselho de Gestão, ligado à Presidência da República.

No espaço aberto para debates, os diretores Fagner Azeredo Ruy Almeida afirmaram que o ajuste fical de Dilma e Sartori precisam ser combatidos. Fagner ressaltou que é preciso também fazer o enfrentamento da falta de democracia no Judiciário Federal, um poder que, segundo o dirigente, não busca atender à demanda da sociedade, mas garantir aos juízes benefícios que não se justificam moral e economicamente. “Estamos lutando para garantir um Judiciário mais justo para a população como um todo”, afirmou. Ruy lembrou as medidas provisórias 664 e 665, com as quais o governo Dilma atacou direitos trabalhistas e previdenciários, ao mesmo tempo em que mantém vultosas linhas de crédito para empreiteiras via BNDES. Segundo o diretor, é preciso fortalecer o polo de resistência dos trabalhadores de maneira unificada.

Os presentes à plenária ressaltaram o Brasil está atravessando um momento de ataques a direitos, por conta de uma política dos governos federal e estaduais, que querem fazer com que os trabalhadores paguem pela crise econômica. Essa política, foi ressaltado, encontra respaldo no Congresso Nacional, no qual parlamentares, agindo sob interesse dos grandes empresários, estão apresentando e aprovando projetos como o de terceirização e redução da maioridade penal. Nesse contexto, a unidade entre as diferentes entidades e categorias de trabalhadores é fundamental para derrotar o ajuste fiscal e garantir mais conquistas e direitos.


Por Rosane Vargas, Sintrajufe/RS
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