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Servidores de São Paulo mantêm greve pela derrubada do veto

Sintrajud/SP

Nesta terça-feira, 25, acontece Ato Nacional em Brasília; em São Paulo a categoria realiza manifestação e vigília na Avenida Paulista

Os servidores do Judiciário Federal de São Paulo decidiram por ampla maioria pela manutenção da greve e intensificação da luta pela derrubada do veto e reposição salarial. A decisão foi tomada na assembleia geral, que aconteceu na tarde desta segunda-feira, 24, no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda.

Esta semana é decisiva para a greve do Judiciário. Na semana passada, milhares de servidores foram à Brasília e pressionaram para o cancelamento da sessão do Congresso Nacional, que ocorreria na quarta-feira, 19, já que o PLC 28/2015 não estava pautado. Foi necessária muita luta, mas conseguiram, e a partir disso o veto 26 passou a trancar a pauta do Congresso Nacional e deve ser pautado para a próxima sessão conjunta.

Por isso, os servidores de São Paulo já partiram em caravana rumo à Brasília e participarão do ato nacional nesta terça-feira, 25, em frente ao Congresso Nacional, para pressionar a discussão e derrubada do veto 26. Aqui em São Paulo, os servidores também realizam um grande ato e vigília na Avenida Paulista, às 14h, com concentração no Fórum Cível Pedro Lessa.

Para a diretora do Sindicato e servidora da JT Inês Leal de Castro, o momento é decisivo e requer ainda mais disposição de luta da categoria. “Começamos nossa greve em um momento de grave crise política do governo, agora o governo está se reorganizando, fazendo reunião de cúpula e conseguindo aliados nos mais diversos setores; o mais novo aliado é Renan Calheiros que tinha se comprometido em pautar nosso projeto e recuou”.

A servidora lembrou ainda que a sessão do Congresso Nacional, que não pautava o veto 26, só foi cancelada pela pressão dos servidores. “Agora precisamos transformar nossa indignação em ação e exigir que o Renan Calheiros convoque a sessão conjunta, não podemos aceitar mais acordos baseados neste ajuste fiscal, que na verdade é arrocho salarial, e que prejudiquem a categoria”, declarou Inês.

Ela acrescentou que as mudanças na conjectura política foram sentidas pelos servidores que faziam o corpo a corpo com os parlamentares no Congresso. No Senado Federal, onde antes representantes dos servidores tinham trânsito livre para conversas com os senadores, na semana passada foram barrados, tiveram a entrada dificultada e atrasada por horas. Na avaliação da diretora, essas dificuldades refletem as mudanças no cenário político, o que exige uma postura ainda mais aguerrida da categoria.

“O que vai fazer o veto ser derrubado ou não é nossa presença e força em Brasília, então vamos lá lutar com unhas e dentes para derrubar o veto”, afirmou o diretor do Sindicato Romeu Meirelles.

Para o servidor do TRF, Gilberto Terra, a maneira de dizer que a categoria não aceita a proposta rebaixada apresentada pelo Diretor Geral do STF, Amarildo Vieira, é defender a derrubada do veto. “Podemos até avaliar se o STF apresentar uma proposta que garanta nossa reposição salarial, mas para esta proposta rebaixada vamos dizer NÃO”, ressaltou.

Ainda nesta semana, em São Paulo, na quinta-feira, 27, servidores realizarão ato em frente ao JEF, na Avenida Paulista, às 14h. E, para aumentar a pressão, terça e quarta-feira, 25 e 26, serão dias de apagão total no judiciário federal de São Paulo.

Contra o ajuste fiscal de Dilma Rousseff (PT)

Os servidores também aprovaram a participação de atos em conjunto com as demais categorias de servidores públicos federais, a exemplo do que aconteceu em São Paulo na última terça-feira, dia 18.

O trabalhador da JT Henrique Sales ressaltou a importância de unir forças com as outras categorias para combater a política econômica e de arrocho salarial do governo de Dilma Rousseff (PT). “Os servidores do Judiciário estão em um nível mais avançado de luta e tem uma defasagem salarial maior, mesmo assim é importante fazer atos conjuntos. Isso não quer dizer que vamos unificar a pauta, iremos todos com nossas bandeiras e pautas próprias, mas devemos juntar forças para combater o ajuste fiscal e a política de arrocho salarial do governo que é igual para todos os trabalhadores”, afirmou.

Desta forma, os servidores do Judiciário participarão do Ato Nacional dos Servidores Públicos Federais que acontece nesta quinta-feira, 27, em Brasília. Estão em greve os servidores do INSS, do Ministério do Trabalho, do Incra, do Ipen, além dos docentes e técnicos dos Instituições Federais de Ensino Superior. 

A próxima assembleia geral acontecerá na próxima segunda-feira, dia 31, às 14h, no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda.

Repúdio

A assembleia também aprovou uma moção de repúdio a diretora da vara do DEDI-TRF, Valdeci, que retirou a função comissionada de um dos servidores grevistas. Os servidores repudiaram a atitude. “Temos que repudiar este tipo de atitude, não aceitaremos assédio moral, nenhum servidor deve ser penalizado por lutar”, afirmou o servidor do TRF Dalmo Duarte.

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