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Assembleia mantém greve, com apagão nos dias 1º e 2 de setembro; grevistas chamam todos os colegas à luta contra o Veto 26

Sintrajufe/RS

 

 

 
Foi realizada na tarde desta sexta-feira, 28, uma nova assembleia geral dos servidores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul. Depois de mais de 80 dias de movimento grevista, a assembleia foi categórica: a greve continua e a luta deverá ser intensificada pela derrubada do Veto 26, referente ao PLC 28/2015. A próxima sessão do Congresso Nacional, com o veto na pauta, está marcada para quarta-feira, 2 de setembro, às 11 horas.

A abertura da assembleia foi momento de a direção relatar aos servidores a forte atuação da última caravana enviada a Brasília, que, junto com colegas de outros estados, realizou mais um grande ato na capital federal. Nesse sentido, foi elogiado o empenho da categoria na condução da greve e destacado o esforço na arrecadação de contribuições que estão ajudando a fortalecer as caravanas com o envio de mais colegas. Foi lembrado ainda que o Senado aprovou um substitutivo rebaixando o PLC 41/2015, dos colegas do Ministério Público da União. A direção do Sintrajufe/RS também informou aos servidores sobre uma reunião entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e um grupo de senadores, na qual o ministro defendeu o novo projeto encaminhado ao Congresso para a reposição da categoria, que jamais foi consultada sobre o rebaixamento previsto. 

Após os informes, falaram, representando o Comando Estadual de Greve, o diretor de base da JE Rodrigo Mércio e o servidor da JT de Porto Alegre Paulo Rosa. Eles explicaram à categoria que, seguindo a orientação do Comando Nacional de Greve (de continuidade da greve, apagão nos dias 1º e 2 de setembro e ato nacional no dia 2), o Comando Estadual elaborou o seguinte calendário, que foi também aprovado pela assembleia: 

Segunda-feira (31/08) – mutirões de convencimento
 
Terça e quarta (1º e 2/08) – Apagão do Judiciário Federal, com mutirões de convencimento
 
Terça (1º/08) - atividade de mobilização no Aeroporto Salgado Filho, às 5h da manhã
 
Quarta (2/08) – vigília nas varas trabalhistas, a partir das 10h
 
Sexta-feira (4/08) - assembleia geral, às 14h, nas varas trabalhistas

 
Depois das falas do Comando, foi a vez de representantes da direção utilizarem o microfone. Cristiano Moreira foi o primeiro, lembrando que "existe luta sem vitória, mas não existe vitória sem luta". Ele destacou que a categoria já atingiu uma importante vitória com a greve, que é o saldo de organização e a demonstração de disposição de luta. Cristiano avaliou que a greve em curso é muito maior do que qualquer direção sindical, e que a categoria está tomando de forma consciente as decisões corretas em busca de seus interesses. O outro diretor a falar foi Paulinho Oliveira, que afirmou que a categoria deve ter muito cuidado com falsas promessas de parlamentares, mantendo clara justeza da luta e o quanto ela precisa ser fortalecida: "Estamos em um desafio que não é só a busca do reajuste, é o resgate da dignidade perdida na forma com que o embuste do poder se relaciona conosco", disse.
 
Continuidade da greve e foco na derrubada do veto

 
 
 
A seguir foram os colegas quem tiveram a oportunidade de se manifestar. Nas falas não faltaram críticas ao governo federal e ao STF, especialmente ao presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski. Foi destacado pela maioria dos servidores o acerto das decisões tomadas pela categoria até aqui e a coragem de todos na manutenção da greve e na construção das diversas atividades de mobilização. Os colegas também elogiaram reiteradamente a capacidade de luta que vem sendo demonstrada pelo conjunto da categoria, expressa tanto no Rio Grande do Sul quanto nos grandes atos nacionais que vem sendo realizados em Brasília. Em diversas das falas apareceu a percepção de que a greve já é vitoriosa pela força e união dos servidores. Ainda assim, ressaltaram, é preciso reforçar a pressão para buscar a derrubada do veto ao PLC 28/2015, chamando mais colegas a se juntarem à greve e às atividades de mobilização para que, todos juntos, seja possível conquistar os objetivos a que o movimento se propõe.
 
Como já indicavam as falas e seguindo a orientação dos comandos nacional e estadual degreve, foi aprovada a continuidade do movimento grevista, além do calendário referido anteriormente. Também foi aprovada resolução, na linha da posição adotada pelo Comando Nacional de Greve, no sentido de que não se trabalhe com qualquer emenda ao PL 2.648/15 neste momento, mantendo o foco da luta é a derrubada do veto.
 
Além disso, foi aprovado o envio de 25 colegas na próxima caravana a Brasília, com prioridades à ida de colegas já contemplados com decisão procedente no habeas corpus do Sintrajufe/RS, membros do Comando Estadual de Greve e diretores de base. Além disso, também foi aprovado o custeio das despesas com hotel para até 10 colegas que porventura viajarem a Brasília (a deliberação previa que os 10 primeiros inscritos pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. seriam contemplados; antes mesmo da divulgação das inscrições pelo sindicato, já havia maior número de inscritos do que as 10 vagas).
 
Foram aprovadas, ainda, moções de apoio aos rodoviários demitidos pela Carris, de repúdio ao parcelamento de salários dos servidores estaduais e aos cortes nos gastos sociais pelo governo de José Ivo Sartori (PMDB), e contra o substitutivo ao PLC 41/2015, referente à reposição salarial do MPU, aprovado no Senado.
 
Em visita de Janot a Porto Alegre, Judiciário realizou ato público unificado comcolegas do MPU
 
Ao fim da assembleia, os servidores se juntaram aos colegas do Ministério Público da União que, em frente ao novo prédio do Ministério Público Federal (ao lado do prédio da JF), realizavam um ato público contra o rebaixamento do PLC 41, no momento em que ocorria o evento de inauguração das novas instalações do MPF, com a presença do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. "É covardia! Só não rebaixa o auxílio-moradia!", gritaram os servidores em uníssono. O ato seguiu até o meio da tarde, com manifestações ressaltando a união e a luta conjunta dos servidores contra o desrespeito das cúpulas dos Poderes da União às categorias. 
 
 

 

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