fbpx

Manifestantes convocam greve geral na Marcha dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Maceió

Sindjus/AL

Servidores públicos, trabalhadores, movimentos populares e estudantis realizaram grande Marcha dos Trabalhadores e Trabalhadoras, no Centro de Maceió, nesta sexta-feira (18), para protestar contra o ajuste fiscal que congela salário, retira direitos e precariza as áreas essenciais como saúde, educação, transporte público, moradia e segurança. Na mobilização, os manifestantes convocaram a população para greve geral. 

Os servidores do Judiciário Federal, que estão em greve há mais de três meses, também participaram da Marcha, que teve início na Praça Sinimbu e percorreu as ruas do Centro de Maceió convocando os trabalhadores da Previdência e dos Correios. Houve protesto em frente ao Palácio do Governo contra o governo Renan Filho que ignorou as perdas inflacionárias dos servidores públicos estaduais, concedendo apenas reajuste de 5% em três parcelas ao funcionalismo. 

Os servidores do Judiciário Federal realizaram panfletagem e cobraram a derrubada do veto 26 ao PLC 28/2015, que recompõe as perdas salariais de nove anos da categoria. 

Os trabalhadores e estudantes denunciaram o congelamento de salário e as medidas que atacam os direitos e conquistas, a exemplo das medidas provisórias 664 e 664 que retiram direitos trabalhistas e previdenciários. O Plano de Proteção ao Emprego (PPE) que reduz em 30% o salário do trabalhador. A Agenda Brasil, proposta pelo senador Renan Calheiros, que retira direitos, precariza o trabalho, desmonta o Sistema Único de Saúde (SUS) através da cobrança de procedimento por faixa de renda, aumenta a idade para se aposentar, privatiza as empresas públicas e viola a legislação ambiental e as reservas indígenas, favorecendo o agronegócio. Já o pacote de Dilma suspende a realização de novos concursos, elimina o abono de permanência, aumenta impostos, traz de volta a CPMF, congela salários dos servidores públicos federais, entre outros. Tudo em nome do ajuste fiscal, quando o Brasil possui recursos financeiros e naturais que podem dar condições dignas a todos os brasileiros. 

O coordenador Geral do Sindjus/AL, Paulo Falcão, destacou que a Marcha cumpriu com o papel importante, mostrando ao governo e empresários que a classe trabalhadora não vai pagar a conta dessa crise fabricada pela direita do PSDB de FHC e Aécio Neves nem do PT de Lula e Dilma, do PMDB de Renan Calheiros e de Eduardo Cunha e dos partidos governistas. “Os patrões impõem mais medida de retirada de direitos dos trabalhadores, demissões, elevação de tarifas públicas, impostos (retorno da CPMF) e elevação das alíquotas do imposto de renda e, principalmente, das taxas de juros que beneficiam os banqueiros com mais de um trilhão e 356 bilhões de reais em 2015 do Orçamento Geral da União, penalizando os serviços essenciais, como saúde educação transporte segurança e Justiça. Para enfrentar esses ataques somente a construção de uma grande greve geral nesse país. Só a luta muda a vida, conquistas só com lutas”, disse o sindicalista. 

Mais de 20 entidades participaram da Marcha, entre elas, o Sindjus-AL, Adufal, Sintufal, Sindipetro, CSP-Conlutas, Oposição ao Sindprev, MML, UJC, PCB, PSTU, Sinduncisal, Anel, DCE-Ufal, Unidade Classista, entre outras. Com palavras de ordem, os estudantes deram um tom irreverente à manifestação, com palavras “Vem, vem, vem pra luta vem, contra o ajuste fiscal”; um, dois, três, quatro e cinco mil, ou para o ajuste ou passáramos o Brasil”.

 

Pin It

afju fja fndc