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Em protesto, servidora do TRT/AL passa mais de 20 horas acorrentada em Brasília

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Sindjus/AL 

A servidora do TRT/AL, Dora Castro, que participou do Ato Nacional em Brasília pela derrubada do veto 26 ao PL 28/2015, acorrentou-se em frente ao Congresso Nacional na tarde da terça-feira (06), após o cancelamento da sessão de apreciação dos vetos presidenciais. Atendendo aos pedidos dos colegas, ela se retirou da placa de frente ao Congresso Nacional na noite da terça, indo para uma barraca próxima ao Legislativo acorrentada. No outro dia, retornou ao local da placa, permanecendo até o final da manhã da quarta-feira (07). 

Ao assistir o cancelamento da sessão, por falta de quórum, ela não aguentou às manobras políticas do Legislativo e iniciou o protesto individualmente. O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, convocou nova sessão para quarta-feira (07) que também acabou sendo cancelada. 

Na manifestação, Dora Castro chegou a afirmar que não sairia do local com a apreciação do veto. Por mais de 20 horas, ela permaneceu com correntes em seu corpo. Não se alimentou, apenas tomou líquidos. 

O ato isolado da servidora recebeu apoio de toda a categoria que está há nove anos sem reajuste salarial e reivindica a derrubada do veto ao PLC 28/2018, o qual recompõe as perdas salariais dos servidores do Judiciário Federal. “É uma situação humilhante. Precisei extravasar esse sentimento de abandono, de descaso e de angústia. Como cidadã e trabalhadora, cumpra com todas as minhas obrigações. Não aceito mais esse tratamento”, desabafou. 

Os servidores de Alagoas e de outros estados conseguiram convencê-la a tirar as correntes e acompanhar o final da sessão. Em Alagoas, os colegas de trabalho se emocionaram com o ato da servidora e demonstraram preocupação com sua saúde que que exige cuidados especiais. A categoria está em greve há mais de 110 dias pela recomposição salarial. 

Congresso parado

Com a disputa de poder entre Legislativo e Executivo, mais uma vez a sessão do Congresso Nacional foi cancelada. A proposta de reforma ministerial ampliou a participação do PMDB no governo, mas outros partidos também querem mais espaços políticos.  Um outro impasse é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que já havia alertado sobre o esvaziamento da sessão, caso o veto ao financiamento privado de campanha eleitoral não fizesse parte da pauta do Congresso. 

No entendimento do Sindjus-AL, os servidores públicos e a população não podem ser prejudicados por essas manobras políticas, interesses políticos, ajustes fiscais, retiradas de direitos trabalhistas e previdenciários, privatização e pagamento dos juros da dívida pública ilegal e imoral, que consome 45% do orçamento da União (quase um trilhão de reais). Criam uma crise no Brasil para penalizar a população. Os trabalhadores não podem pagar por essa crise.


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