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Em Minas, servidores buscam união da categoria para alcançar o PCS

O ato público realizado nesta quarta-feira (29), em frente ao prédio da Justiça Federal (JF), em Belo Horizonte, em defesa da aprovação do PL 6613/09, ratificou a necessidade de união de toda a categoria para que o governo federal conceda a recomposição salarial dos servidores que se encontra defasada na casa dos 37%. O ato reuniu centenas de servidores, além dos coordenadores sindicais Hebe-Del Kader, Hélio Ferreira Diogo, José Francisco Rodrigues e Osmar Souto.

Para dar início ao ato, os coordenadores José Francisco e Hélio Diogo saudaram os presentes, sobretudo os colegas da Justiça do Trabalho de Contagem e Betim e servidores do Ministério Público da União (MPU), também em greve pelo reajuste salarial da categoria, desde o dia 15 de agosto. Durante sua explanação, Hélio Diogo pediu aos colegas que façam uma reflexão acerca das eleições que se aproximam. Pediu aos colegas que busquem por renovação e mudanças no cenário político brasileiro e, em seguida, apontou os seguintes números divulgados pelo site “Congresso em Foco”, acerca dos parlamentares: Dos 594 parlamentares brasileiros, 191 são investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que corresponde a 32% dos representantes do Congresso Nacional. Os tipos de crimes pelos quais os parlamentares são mais citados: Eleitoral (59); Contra a lei de licitações (46); Peculato (35); De responsabilidade (23) e Corrupção ativa e passiva (18). Assinalou, ainda, os partidos com maior número de investigados no Congresso, a saber: PMDB, 42 de 97 parlamentares; PR, 18 de 44; PSD, 18 de 49; PSDB, 19 de 59 e PT, 25 de 100.

Mais uma vez, durante a manifestação, vários servidores se dirigiram ao microfone a fim de externar suas indignações frente ao impasse do PCS. Nestor Santiago, servidor da JF e membro do comando de greve em Minas, falou da importância da “solidariedade” neste momento. “A solidariedade faz bem ao coração e ao ser humano. E, aqui na greve, quem ganha somos nós”, disse Nestor, informando que recebeu ligações de vários colegas dizendo que haviam aderido à greve. Já acerca da proposta de reajuste oferecida pelo governo federal ao funcionalismo público, inclusive ao Judiciário, de 15,8%, o servidor do TRT Carlos Antônio Ferreira, o Ovo, disse que é uma proposta “inaceitável” e que depende apenas da categoria, ampliando o movimento grevista, para alcançar o PCS.

Célio Izidoro, também servidor do TRT e ex-dirigente sindical, falou do trabalho de corpo a corpo que realizou nos últimos dias e que o deixou com os ânimos renovados. “O que faz a nossa força é a união”, disse Célio, chamando os colegas que ainda não estão em greve a fazê-la, pois, segundo ele, é a única forma de “barrar” o governo. O coordenador sindical Hebe-Del Kader também teceu críticas à proposta de reajuste oferecida pelo governo e chamou os colegas para a luta, pois, segundo ele, os mais felizes com a atual situação são os bancos que oferecem empréstimos aos servidores públicos.

MPU e Sintsprev-MG

Também em greve, servidores do MPU e da base do Sintsprev-MG (Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência e Assistência Social) apoiam a greve do Judiciário e estiveram presentes à manifestação de hoje. Os servidores do MPU estão em greve desde o dia 15 de agosto e os da Saúde e Previdência há dois meses.

Próxima manifestação

O Sitraemg-MG conclama toda a categoria para assembleia geral extraordinária a se realizar na próxima sexta-feira (31), em frente ao prédio da Justiça Federal às 10h (foi antecipada) para avaliação da proposta de reajuste salarial apresentada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O sindicato informa, ainda, que o restante da programação para o dia 31 de agosto segue como previsto: passeata até o TRE com concentração em frente à JF, às 11h30.

Fonte: Sitraemg-MG

 

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