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Sintrajud-SP: Coletivo de Mulheres do Sintrajud tem última reunião do ano no dia 7/12

Atividade terá início às 11 horas, no Sindicato, e vai avaliar atividades do ano e planejar iniciativas para 2020.

Para encerrar o ano e iniciar o debate sobre o planejamento de iniciativas que serão desenvolvidas em 2020, o Coletivo de Mulheres do Sintrajud – Mara Helena dos Reis realiza sua última reunião em 2019 no próximo sábado (7 de dezembro), a partir das 11 horas, na sede do Sindicato. Na pauta da reunião estarão: o balanço das atividades realizadas nos últimos 12 meses, uma avaliação sobre o 1º Encontro de Mulheres da Fenajufe e perspectivas. Todas as mulheres da categoria e trabalhadoras terceirizadas que atuam nas unidades do Judiciário Federal no estado podem participar e estão convidadas.

Ao longo deste ano foram inúmeras as atividades realizadas pelo Coletivo, que recebeu o nome de uma colega da Justiça Federal vítima de feminicídio na noite de Natal do ano passado.

A participação nas manifestações do 8 de março – Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras – foi marcada neste ano pela exigência de justiça para a vereadora Marielle Franco (assassinada brutalmente no Rio de Janeiro, em 14 de março do ano passado) e pela denúncia das políticas dos governos Jair Bolsonaro e João Dória que atacam os direitos das mulheres.

A luta contra as ‘reformas’ da Previdência federal e estadual, a denúncia de que a liberação de armas impacta diretamente nos feminicídios e da redução dos investimentos em políticas de promoção dos direitos das mulheres foram destaques para além da efeméride de março – porque a defesa de uma sociedade igualitária se faz todos os dias. Especialmente a mobilização contra a ‘reforma’ da Previdência do governo Bolsonaro teve abordagem feminista no Sintrajud, com debates específicos e publicações destacando os ataques aos direitos da parcela feminina da população.

Fundado em novembro de 2017, o Coletivo foi uma organização importante para assegurar o programa ‘Mãe Nutriz’ em todos os tribunais no estado – uma medida que favorece a amamentação no trabalho.

A organização das mulheres da categoria também foi fundamental para colocar na pauta dos tribunais o debate sobre o assédio sexual nos locais de trabalho. Após o lançamento da campanha contra a prática de importunação sexual, no ano passado, uma série de reportagens e um seminário, o TRF-3 e o TRT adotaram procedimentos de denúncia e acompanhamento dos casos. Embora as políticas nos tribunais ainda precisem ser aprimoradas, começam a dar visibilidade a uma violência que era tabu no Judiciário Federal. E colocar o tema no debate público é o primeiro passo para acolher as vítimas, coibir a prática do assédio sexual e preservar os direitos das mulheres.

O Coletivo também aproveitou o período da Copa do Mundo de Futebol Feminino para incentivar a torcida pela seleção brasileira comandada pela estrela Marta. Além de apontar o machismo estrutural nas administrações dos Tribunais, que não suspenderam o expediente na hora dos jogos, como tradicionalmente ocorre nos mundiais masculinos.

Em julho, entre as celebrações ao Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e da líder quilombola Tereza de Benguela, o coletivo realizou um seminário alusivo ao 25 de julho. E foi reeditado o Clube de Corrida e Caminhada em homenagem a Tereza de Benguela – uma iniciativa que teve início em 2018 e visa, além do incentivo a práticas saudáveis, ressaltar a potência e a resistência feminina. Pela primeira vez a médica e instrutora de Jiu-Jitsu Juliana Bueno Garcia ministrou aula defesa pessoal para mulheres da categoria.

Integrantes do Coletivo também participaram da Marcha das Mulheres Negras contra o racismo, a violência e pelo Bem Viver – realizada no Centro da capital na noite de 25 de julho há quatro anos.

A luta em defesa da creche do TRT-2, iniciada em setembro e ainda em curso, também foi parte das ações em defesa dos direitos das mulheres em 2019. Embora envolva toda a diretoria do Sindicato e seja uma luta que deve ser abraçada também pelos homens – e tem sido, inclusive por magistrados -, a defesa da creche no local de trabalho é uma pauta feminista histórica que o Sintrajud considera uma das prioridades da gestão. Assegurar os direitos das mulheres trabalhadoras e a segurança profissional que as mães têm ao saber que seus filhos estão bem cuidados e por perto, com possibilidade de exercer a amamentação prolongada, é uma ação concreta em defesa da equidade de condições no trabalho para homens e mulheres.

O Sindicato também denunciou a restrição ao auxílio-creche na Justiça Federal.

Para celebrar os 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres e o Mês da Consciência Negra, o Coletivo organizou um seminário sobre racismo e violências contra mulheres, no Sindicato. A atividade foi seguida de uma performance da artista Alohá De La Queiroz em tributo às vítimas de feminicídios. Também foi realizada uma nova atividade de defesa pessoal para mulheres no JEF  e um cinedebate na subsede da Baixada.

Ainda fez parte das ações dos 21 dias contra as violações aos direitos das mulheres ressaltar as vivências das oficialas de justiça – expostas aos riscos do exercício profissional nas ruas, potencializados pela condição de gênero. O combate às agressões a oficiais e oficialas de justiça foi uma pauta que esteve presente ao longo de todo o ano.

No último dia 28 aconteceu a roda de conversa sobre autodefesa feminina, no JEF/Capital. Após o sucesso da atividade, colegas do Fórum de Execuções Fiscais, do Administrativo da JF e do JEF/Campinas solicitaram também realizar a atividade nos locais e a médica e instrutora Juliana Bueno Garcia voltará a orientar as servidoras sobre como se defender nos espaços urbano e doméstico.

A aula de defesa pessoal nas Execuções Fiscais acontece na próxima segunda-feira (9 de dezembro), às 14 horas, no auditório (Rua João Guimarães Rosa, 215, Centro). A atividade é aberta a servidoras de outros fóruns.

No Administrativo e no JEF/Campinas ainda será agendada a atividade. Servidoras de outros locais de trabalho que tenham interesse no workshop devem encaminhar a demanda pelo e-mail <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.> ou procurar uma diretora do Sindicato. Para que a atividade aconteça é necessário compor grupos de interessadas.

No último dia de novembro, uma delegação composta por 10 servidoras de São Paulo participou do 1º Encontro de Mulheres da Fenajufe, em Brasília.

 

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