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Em nova carreata, Sintrajufe/RS mais uma vez vai à luta contra a reforma administrativa, por vacina e auxílio emergencial e pelo fim do governo Bolsonaro

No último sábado, 6, mais uma vez as ruas de Porto Alegre foram lugar de mobilizações contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Em uma carreata na Zona Norte da cidade, manifestantes defenderam vacina para todos, gratuita e pelo SUS, a volta do auxílio emergencial, denunciaram os efeitos da reforma administrativa e exigiram o fim do governo Bolsonaro. O Sintrajufe/RS também esteve representado na atividade, mais uma vez.

As carreatas têm ocorrido na cidade nas últimas semanas, como parte de mobilizações contra o governo. A próxima já está marcada para o dia 21, ainda sem local confirmado. Além das carreatas, o Sintrajufe/RS também vem participando de outras manifestações com as mesmas pautas, caso do ato público (https://www.sintrajufe.org.br/ultimas-noticias-detalhe/18047/a-pe-de-bicicleta-e-de-carro-protestos-pelo-fim-do-governo-bolsonaro-pela-vacina-e-contra-a-reforma-administrativa-marcaram-final-de-semana) realizado no Largo Glênio Peres no final de janeiro.

Multa por “excesso de buzina”

Nos últimos dias, o Sintrajufe/RS denunciou que manifestantes vinham sendo multados por motivos como “excesso de buzina”. No sábado, o cerceamento voltou a ocorrer, conforme relatam dirigentes do sindicato. Houve relatos de que policiais militares ameçaram os participantes com multas a todos os carros que integravam a carreata.

A diretora do Sintrajufe/RS Alessandra Andrade destaca que, nas falas que antecederam a saída da carreata, foram realizadas falas sobre os temas da mobilização e que também lembraram Beto Freitas, homem negro assassinado por seguranças no Carrefour em novembro do ano passado. Ao longo do trajeto, conta Alessandra, “várias pessoas buzinavam e gritava ‘fora Bolsonaro’ em sinal de apoio”.

Apoio popular no trajeto da carreata e vacinas para todos

O diretor Reginaldo Luhring, que participou da atividade, comenta que a carreata teve “grande apoio da população que estava nas ruas, e considerando-se o grande efetivo do aparato repressor e sua atuação intimidatória, quer da Brigada Militar, quer da EPTC, fica claro que estamos a incomodar o falso consenso sobre a necessidade da reforma administrativa e continuidade do governo genocida. É nas ruas que barraremos as reformas e políticas destruidoras que estão sendo implantadas pelo desgoverno Bolsonaro”.

Também diretora do Sintrajufe/RS, Cristina Viana comenta que foi possível perceber “muita gente nas ruas apoiando, buzinando e até batendo panelas. Os carros estavam identificados com pisca-alerta, bandeiras e frases”. Por outro lado, lamenta, houve “muita presença de polícia e EPTC, com policiais e agentes filmando e anotando nos celulares, inclusive tentado organizar a carreata. Os participantes estavam com receio de serem multados, o que aconteceu em carreatas anteriores”.

O colega aposentado Orildo Longhi também esteve na carreata, apesar de ter sido multado em uma das mobilizações de janeiro sob alegação de estar “com o braço para fora” do carro. Mesmo assim, voltou às ruas. Para Orildo, “a carreata do último sábado foi muito boa e com boa resposta da maioria das pessoas que viam a carreata passando. A carreata consegue despertar as pessoas para os temas da vacina e também sobre o afastamento do Bolsonaro da Presidência da República”, acredita.

Marcelo Carlini, diretor do Sintrajufe/RS e da CUT/RS, tomou a palavra no breve ato antes do início da carreata para chamar a atenção sobre luta por vacina para todos, gratuita, pelo SUS, e como a pressão dos “fura-fila” tem crescido através dos movimentos por “vacinas privadas”. Segundo ele, a quebra das patentes pode abrir caminho para acelerar a produção de imunizantes em território brasileiro, como foi feito com os remédios usados no tratamento da Aids.

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