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Sintrajufe/RS participa de reunião aberta pelo fim da violência contra as mulheres

Sintrajufe/RS participa de reunião aberta pelo fim da violência contra as mulheres

Nesta sexta-feira, 25, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, o Sintrajufe/RS participou de reunião aberta do Fórum Estadual de Mulheres, na Praça da Matriz, Centro de Porto Alegre. O sindicato foi representado pelas diretoras Arlene Barcellos e Marli Da Campo Zandoná

Estavam presentes sindicatos, entidades dos movimentos de mulheres e social, além de parlamentares. Os temas debatidos foram luta pelo fim da violência e dos feminicídios e mobilização para posse imediata do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM). O CEDM é composto por 27 integrantes e respectivas suplentes e viabiliza a participação das mulheres no debate de políticas públicas específicas. Ocorre que o governo do estado está adiando a publicação de portaria que garante a posse das representantes eleitas.

As estatísticas reforçam, ano a ano, a gravidade e o tamanho do problema, que atravessa geografia e classes sociais. A cada hora, no Brasil, seis meninas ou adultas são estupradas e 26 mulheres são agredidas fisicamente.

Os números são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, que aponta ainda que, das 1.341 mulheres vítimas de feminicídio no ano passado, 65,6% foram mortas dentro de casa e 62% eram negras. Além disso, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), uma travesti ou mulher trans é morta no país a cada dois dias.

21 Dias de Ativismo

O movimento feminista latino-americano começou um movimento, em 1981, para marcar a data em que foram assassinadas as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, opositoras da ditadura de Rafael Trujillo na República Dominicana, em 1960. E, em 1999, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Internacional de Luta contra a Violência contra a Mulher.

O dia é celebrado anualmente para denunciar a violência contra as mulheres no mundo e exigir que os países desenvolvam políticas para sua erradicação. A data deu origem aos 16 Dias de Ativismo (de 25 de novembro a 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos), campanha iniciada em 1991 por mulheres de diferentes países reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres, com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.

A campanha incorpora questões específicas de cada país. No Brasil, por exemplo, o calendário foi ampliado, a partir de reivindicação da Marcha das Mulheres Negras a Brasília, que ocorreu em 2015. Desde então, seu início se dá em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, passando pelo Dia Nacional dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (6 de dezembro). Dessa forma, no país, são 21 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.

A diretora do Sintrajufe/RS Arlene Barcellos afirma que “é urgente que os governos federal e estadual restabeleçam as políticas públicas voltadas às mulheres. Os recursos precisam ser distribuídos contemplando essa pauta”. No entanto, denuncia, “não haverá investimentos, enquanto a emenda constitucional 95/2016, do teto de gastos, não for revogada”.

Para a diretora do Sintrajufe/RS Marli Da Campo Zandoná, “a posse do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher é ainda mais importante nestes tempos obscuros”. Ela ressalta que “o desmonte das estruturas e o total descaso com as pautas das mulheres tornam ainda mais importante que o Conselho volte logo à atividade”.

Sintrajufe/RS com informações de Brasil de Fato

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