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Mesmo com bloqueios, servidores realizam grandes manifestações durante a visita de Dilma a Alagoas

Estudantes e sem-terra também participaram dos atos. Militares reprimem com violência manifestações do MST

Servidores públicos federais, estudantes e trabalhadores rurais sem-terra realizaram, nesta sexta-feira (17), grandes manifestações durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Alagoas. Eles protestaram contra o congelamento de salário, pela educação pública de qualidade e por agilidade no processo de reforça agrária.

A mobilização foi ostensivamente acompanhada por policiais militares e pela Força Nacional, que realizaram bloqueios nas estradas para impedir a manifestação. Três ônibus com grevistas e estudantes foram proibidos de passar no primeiro bloqueio. Os ocupantes tiveram que caminhar em torno de dois quilômetros para chegar ao local do protesto.

Em frente ao Polo da Braskem, na cidade de Marechal Deodoro, onde a presidente Dilma Rousseff participou do lançamento da maior fábrica de PVC da América Latina, os grevistas e estudantes gritavam palavras de ordem. A professora universitária Valéria Correia, representante da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, destacou que uma das lutas das categorias é a não privatização do Hospital Universitário. “Saúde e educação não são mercadorias para serem vendidos”, disse.

Georgia Cêa, do comando unificado dos servidores públicos, informou que a proposta do governo Dilma apresentou, aos professores e técnicos das universidades federais foi de forma parcelada para até 2015. Segundo ela, com a inflação do período, o valor significaria redução de salário. A proposta foi recusada.

Violência

Os militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Movimentação Liberdade dos Sem Terra (MLST) e do Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MT) foram impedidos de ter acesso a estrada que os levariam para junto aos servidores grevistas. Revoltados, eles interditaram por alguns momentos a rodovia AL 101 Sul, dificultando acesso de autoridades, como o senador Benedito de Lira e o presidente do Tribunal de Justiça, Sebastião Costa Filho, entre outros. Em represália, os militares partiram para pancadaria e usaram spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar os trabalhadores. Os manifestantes ainda tentaram jogar paus e pedras nos veículos das autoridades. O clima foi tenso no local.

"Fora Dilma"

Na manifestação dos servidores públicos federais, o coordenador Jurídico do Sindjus-AL, Paulo Falcão, segurou a faixa “Fora Dilma”, como uma das ações de mobilização aprovada na reunião ampliada da Fenajufe.

O sindicalista explica que o “Fora Dilma” representa um repúdio contra a continuidade das políticas neoliberais desde Sarney, Collor, Lula e agora de Dilma. Ele protestou contra os 133 bilhões que o governo destinou para a privatização dos serviços públicos como rodovias, ferrovias, postos, aeroportos. De acordo com ele, o “Fora Dilma” é protesto contra o congelamento, os ataques aos direitos dos aposentados, como foi a previdência privada; contra a criação do Fator 85/95; contra o pagamento da dívida pública no valor de 47% do orçamento da união; contra o corte do orçamento da União para as áreas essenciais à população como saúde, segurança, moradia e educação.

Falcão destacou que a manifestação foi importante para mostrar a presidente Dilma a força e união das categorias federais que não retornarão ao trabalho enquanto o governo não definir a questão salarial.

O grande ato público contou com a participação de várias entidades dos servidores federais que estão greve, como Sintufal, Adufal, Sintietfal, Fenet, Sindjus, Sindpetro, Anel, Sindipetro, CSP-Conlutas, PSTU, ASSIBGE, entre outras.

Fonte: Sindjus-AL

 

 

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