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Frente dos Servidores realizam ato em Santa Cruz do Sul contra a reforma administrativa*

Na manhã desta quarta-feira, 1, o Sintrajufe/RS e outras entidades que integram a Frente dos Servidores Públicos do RS (FSP) estiveram em Santa Cruz do Sul, base eleitoral do deputado federal Marcelo Moraes (PTB), para pressioná-lo a votar contra a PEC 32/2020, da reforma administrativa

Além da realização de um ato público, a direção do Sintrajufe/RS e de outras entidades deram entrevistas a rádios e jornal locais.

O ato foi realizado na Praça Getúlio Vargas, que fica em frente ao escritório político do parlamentar, um dos deputados gaúchos que integram a Comissão Especial da PEC 32.

Representações de servidores públicos das esferas municipais, estaduais e federais, entidades, sindicatos e centrais formaram o grupo que denunciou as brutais consequências que a reforma administrativa traz aos servidores e às servidoras e à população.

 Nas falas, além de destacaram diversos aspectos nocivos da PEC 32/2020, também foi feito chamamento para que as pessoas participem dos atos no dia 7 de setembro, em defesa da vida, do serviço público e pelo “Fora Bolsonaro”.

O diretor do Sintrajufe/RS Marcelo Carlini também representou a CUT/RS. Ele chamou a atenção para o fato de a proposta abrir caminho para o apadrinhamento político em cargos públicos. “A PEC permite a entrada no serviço público sem concurso. Abre caminho para contratação de pessoas apadrinhadas por políticos e sem compromisso com a qualidade do serviço prestado.”

A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, ressaltou que é necessário esclarecer que a PEC 32/2020 é uma proposta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido): “Temos que dar nome aos bois, pois têm muitos servidores que ainda apoiam Bolsonaro. Essa proposta será estendida aos municípios e não serão apenas os servidores que serão atacados

As pessoas que mais precisam do serviço público ficarão desassistidas. Helenir lembrou ainda que, devido à lei das organizações sociais, aprovada no governo de Germano Rigotto, a privatização das escolas públicas poderá ocorrer rapidamente. Ela também destacou o fim da paridade a aposentados e aposentadas caso a proposta seja aprovada.

“Os legisladores estão surfando nessa onda pra colher os frutos do suor do povo. Esse é um projeto de governo para poucos. É preciso de uma forte reação”, afirmou o representante do Sindbancários, João Carlos Heissler.

Luiz Queiros, presidente do Sindicato dos Municipários de Santa Cruz, chamou a atenção para os serviços que não serão mais disponibilizados à população: “Todo o contingente que dá a assistência tão necessária à sociedade está sendo ameaçado de extinção. Querem destruir o serviço público em âmbito municipal, estadual e federal”.

Pablo Tadeu Pereira da Silva, do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul (Sintergs), ressaltou a importância de conscientizar o funcionalismo público e a população sobre a retirada de direitos. “Muitos colegas ainda não sabem o que a PEC representa. Essa reforma não reforma nada, serve apenas para tirar direitos dos trabalhadores e do povo, que ficará desassistido.”

Direção avalia a atividade

Realizar atos para denunciar a reforma administrativa, neste momento, na base eleitoral dos deputados que compõem a Comissão Especial, é importante porque nossa luta é para derrotar a reforma na comissão, explica a diretora do Sintrajufe/RS Arlene Barcellos. Nas cidades, é possível conversar com a população, distribuir material informativo, mostrar, em entrevistas concedidas a veículos locais, “o que está em jogo e que pode ser perdido”. Arlene afirma que a apresentação de dados “escancara que essa reforma nunca foi sobre acabar com privilégios ou modernizar e ampliar o acesso da população aos serviços públicos, mas que foi pensada para privatizar, terceirizar, precarizar e acabar com o serviço público gratuito a toda população”.

A atividade foi organizada pela FSP com grande unidade, com a presença de entidades de servidores e servidoras federais, estaduais e municipais, e botando pressão na base eleitoral do deputado Marcelo Moraes (PTB), que já votou a favor da PEC 32/2020 na CCJC da Câmara, afirma o diretor Zé Oliveira.

O dirigente explica que a intenção “é sinalizar para os demais parlamentares que, se votarem a favor da reforma, nós iremos denunciá-los em suas bases utilizando a pressão da eleição de 2022. O lema é o ‘quem votar a favor, não volta’. A atividade, um dia depois da apresentação do relatório na Comissão Especial, também foi importante para reforçar que os servidores e as servidoras irão lutar até o fim para derrotar a PEC 32”.

A diretora Cristina Viana avalia que a atividade em Santa Cruz do Sul foi muito boa e ressalta a presença, também, de trabalhadores e trabalhadoras da iniciativa privada, como bancários e comerciários.

Para ela, “está claro que, apesar de o governo estar maquiando a PEC 32, há diversos ‘jabutis’, emendas e ambiguidades no texto”, cujo objetivo é “precarizar e privatizar os serviços públicos, atingindo em cheio a população que mais precisa”. E, “ao contrário das falácias do Guedes e de seus defensores, todos e todas as servidoras públicas serão atingidas, inclusive aposentados, e aposentados. Hoje, mais uma vez, alertamos: deputado que vota nesse absurdo não volta em 2022”.

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