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Grito dos Excluídos: Categoria em Mato Grosso se manifesta contra a reforma administrativa

Grito dos Excluídos: Categoria em Mato Grosso se manifesta contra a reforma administrativa

Com 7 diretores presentes no 27º Grito dos Excluídos, ontem (7) o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal do Estado de Mato Grosso (Sindijufe-MT) reforçou a luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020 e também se solidarizou com a parcela da sociedade que luta em defesa da vida, da democracia e da soberania nacional.

O Grito dos Excluídos deste ano em Cuiabá aconteceu no Jardim Vitória, onde os manifestantes tiveram a oportunidade de dialogar com a população local. A última vez que os moradores do bairro tinham visto uma manifestação dessa natureza foi durante o governo Temer, por ocasião das lutas contra a reforma trabalhista e a reforma da previdência.

Júlia Viñe, Juscileide Rondon, Márcia Regina Polidório, Rodrigo de Freitas, Sandro Gonçalves Delgado, Vinícius Marcus PauloTeixeira e Walderson de Oliveira Santos representaram o Sindicato na manifestação.

De volta ao mapa da fome

A luta contra a carestia, a fome e o desemprego também é uma bandeira de luta dos Servidores do Judiciário Federal de Mato Grosso. Hoje temos a pandemia, a fome, a inflação, o autoritarismo e os ataques frequentes contra os direitos dos trabalhadores, num cenário em que os Servidores Públicos são apontados pelo governo como vilões. Mas tudo isso ainda pode piorar, se a reforma administrativa for aprovada, como vem alertando, já há muito tempo, o SINDIJUFE-MT e a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe).

"Essa manifestação representa o próprio nome, é um grito dos excluídos, um grito das pessoas que estão sentindo o revés de uma política que não trabalha a empatia, que não trabalha a inclusão das pessoas, e a gente veio aqui para somar com essas pessoas e dizer a elas que hoje o Servidor Público também é uma classe excluída, uma classe que vem sendo colocada como vilã, por uma conta que não fecha, de responsabilidade do governo". Foi o que disse a diretora do SINDIJUFE-MT Márcia Polidório, que veio de Colíder (cidade localizada a 632,4 Km de Cuiabá) para participar do manifesto na capital mato-grossense.

Para o diretor Vinícius Teixeira, este 7 de setembro foi comemorado em situações extremas. "Estamos num período muito difícil, com tantas pessoas se manifestando contra a democracia, algo que nos assusta muito. Por isso achei fantástica a realização desse manifesto, do Grito dos Excluídos. Independentemente da quantidade de pessoas que participaram do Grito dos Excluídos, para mim foi motivo de satisfação ter participado e ver que há outras pessoas que, como eu, também estão incomodadas com esses ataques à nossa democracia", disse ele.

Nas palavras do Oliveira, um dos aspectos mais angustiantes do atual momento no país é o da fome generalizada. "Vejo com muita tristeza a falta de comida na mesa da imensa maioria dos brasileiros. Em 7 de setembro a gente deveria estar comemorando a Semana da Pátria com a mesa farta, mas infelizmente não é isso que a gente vê. Há milhões de brasileiros passando fome, e essas pessoas até já perderam a esperança. Elas deveriam estar aqui também, no Grito dos Excluídos, para que esse ato fosse ainda maior do que é, com vários segmentos da nossa sociedade. Eu ainda tenho comida na minha mesa, graças a Deus, mas lamento pelas muitas famílias que não têm nem mesmo um pão para comer, e a ilusão dos auxílios vai acabar, a fome vai piorar", alertou.

Pelo que foi visto ontem em Cuiabá e a julgar pelo número de manifestantes de um lado e de outro, o cenário lembrou a batalha de Davi contra Golias. Mas, para a diretora do Sindicato Juscileide Rondon, assim como Davi acabou vencendo Golias, os excluídos também têm condições de vencer, mesmo passando por muitas dificuldades e a necessidade de lutar.

"Tenho certeza que estamos ampliando a nossa resistência desde o governo Temer, por exemplo, quando vimos a reforma trabalhista ser aprovada sem nenhuma resistência. Acho que sempre há tempo para a classe trabalhadora se organizar e se fortalecer, por mais difícil que seja a conjuntura que estamos passando, difícil e autoritária", disse Jusci, que além de diretora do SINDIJUFE-MT também é coordenadora da Fenajufe e presidente da Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais de Mato Grosso (Assojaf-MT).

 

Luiz Perlato/SINDIJUFE-MT

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