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Dezenas de milhares se manifestam em Porto Alegre pelo “Fora Bolsonaro”; Sintrajufe/RS e outras entidades levaram para a mobilização luta contra a PEC 32

No último sábado, 2, dezenas de milhares de pessoas, 60 mil segundo as centrais sindicais, tomaram as ruas de Porto Alegre em mais uma mobilização nacional pelo “Fora Bolsonaro”. Em todo o Brasil, houve mais de 300 protestos.

Na capital gaúcha e no interior do Rio Grande do Sul, a bandeira do Sintrajufe/RS novamente esteve presente, no ato no Largo Glênio Peres. Com o “Fora Bolsonaro” como chamada geral, os atos reuniram toda a indignação popular contra o conjunto das políticas do atual governo, que têm levado brasileiros e brasileiras ao desemprego e à fome.

 Entre as políticas questionadas pelos manifestantes, está a reforma administrativa, que Bolsonaro e Guedes querem aprovar no Congresso e que desmonta os serviços públicos. Essa foi uma das pautas centrais levadas às mobilizações pelo Sintrajufe/RS e por outros sindicatos que representam servidores e servidoras das três esferas. Dirigentes também se sucederam em falas defendendo o impeachment do presidente.

Na capital gaúcha e no interior, as mobilizações ocorreram com uma ampla gama de movimentos populares e sociais, sindicatos, centrais e partidos de oposição. Cartazes, faixas e gritos denunciaram a crise amplificada pelas decisões do governo. Também no interior do estado, dezenas de cidades tiveram manifestações no sábado.

As mobilizações contra o governo têm o efeito de aumentar a pressão sobre o futuro da PEC 32/2020 na Câmara. O desgaste de Bolsonaro, provocado pela piora das condições de vida da população tem levado setores da base do próprio governo a questionar se vale a pena assumir o risco de votar uma “reforma” que logo ali pode ser engavetada pelo Senado como ocorreu na MP 1045 da carteira verde-amarela. Por isso a pressão sobre os parlamentares deve prosseguir.

Sintrajufe presente nos atos do interior

Em Pelotas, o ato reuniu cerca de 1,5 mil pessoas. A concentração começou no Largo do Mercado, de onde os e as manifestantes seguiram em caminhada até o Altar da Pátria.

O diretor do Sintrajufe/RS Rogério Ávila avalia que o ato foi muito positivo, com presença de servidoras e servidores das três esferas, funcionários e funcionárias de estatais sob ameaça de privatização, como Correios, da Caixa Federal e Banrisul, e colegas do Judiciário Federal da cidade, das justiças do Trabalho, Federal e Eleitoral.

Também presentes, representantes da comunidade Kaingang, em sua fala, descreveram a situação de fome e abandono por que estão passando, diante do descaso do governo.

O sindicato participou das reuniões de preparação e da organização do ato em Pelotas, juntamente com as demais entidades Além do “Fora Bolsonaro”, temas como o plebiscito contra as privatizações e contra a reforma administrativa tiveram destaque durante a atividade.

 Rogério ressalta que categorias que não participaram de atividades anteriores se fizeram presentes, o que, opina, mostra um entendimento maior sobre os ataques e as consequências que podem resultar da reforma administrativa: “há consciência de que a reforma é o fim dos direitos”.

Em Tupanciretã, as faixas contra a PEC também tiveram vez nas ruas da cidade, denunciando os efeitos da reforma administrativa. “A atividade foi sensacional”, afirma o colega José Carlos Gomes da Silva, da Justiça Eleitoral. Ela destaca que “a conjuntura está tão complicada, que nesta cidade, dominada pelo agronegócio, o descontentamento é muito grande” e as pessoas estão passando a ter coragem de externar sua opinião.

O colega também lembra que o ato do dia 2 de outubro foi a primeira grande manifestação contra o governo Bolsonaro na cidade e, diferentemente dos atos do dia 7 de setembro, pró-governo, “nossa atividade não teve de cargos comissionados com presença obrigatória nem distribuição de gasolina”.

 Para José Carlos, um dos pontos mais positivos foi a panfletagem, a conversa com a população: “a gente percebeu que o ato conseguiu, pela panfletagem, levar informação para as pessoas entenderem o que vai acontecer com a aprovação da PEC, o que está por trás e as consequências, o que e como é ruim”, com exemplos concretos.

Foi possível começar a quebrar uma aparente indiferença com a situação política, de pessoas que estão sofrendo drasticamente com a situação econômica: “não é que elas não se importam com a realidade, é que a realidade não se importa com elas faz muito tempo”, diz o colega.

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