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"Vão ficar sem pedir aumento por um tempo", diz Guedes a servidores

O ministro afirmou que o Congresso é reformista e que, esta semana, "importante programa" será aprovado para descentralizar recursos para estados e municípios 

Em entrevista na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta segunda-feira (27), Paulo Guedes - acompanhado de Jair Bolsonaro - voltou a atacar os servidores públicos, insistindo no congelamento de salários em troca da aprovação de uma maior ajuda financeira a estados e municípios.

"Não vai ficar em casa [o servidor] trancado com a geladeira cheia assistindo a crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo empregos. Eles vão colaborar, vão ficar sem pedir aumento por algum tempo. [...] Não peçam aumento por um ano e meio", disse.

Guedes afirmou que esta semana um "importante programa" passará no Congresso para descentralizar recursos em meio à pandemia do novo coronavírus, mas com contrapartidas. "O Congresso é reformista e apoia a pauta de reformas do presidente", anunciou.

Esse congelamento, como contrapartida, está sendo negociado desde a semana passada, com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e parlamentares. Em troca, o governo poderia ampliar o socorro financeiro. O ministro prometeu um aumento no repasse, totalizando R$ 127,3 bilhões, desde que coloquem na proposta a suspensão de qualquer aumento de salários para o funcionalismo.

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As entidades que representam o serviço público e a classe trabalhadora precisam se articular, o quanto antes, na pressão a deputados e senadores para que recuem nessa proposta. A Fenajufe – por meio de sua Assessoria Jurídica Nacional (AJN) e Assessoria Parlamentar - busca mecanismos para barrar essas medidas que atacam frontalmente o serviço público.

 

Raphael de Araújo, da Fenajufe

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