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Neste 18 de junho é Dia do Orgulho Autista: o que você tem com isso?

A data chama atenção para o reconhecimento de que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) não caracteriza doença e ao respeito à diversidade 

Possuir uma forma diferente de enxergar o mundo. Se comunicar de um jeito único. Ser diferente. Assim é quem é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista. (TEA). Não faz muito tempo, o autismo era considerado uma condição rara, que atingia uma em cada 2 mil crianças. Hoje, as pesquisas mostram que a cada 59 crianças uma pode ser diagnosticada com algum grau do espectro.

O que a sociedade desconhece, a tendência é fazer pré-julgamento. É resistir a conviver e até a aceitar a diversidade. Seja cultural, moral ou comportamental. As pessoas que desenvolvem o transtorno autista foram por muitos anos, consideradas doentes. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro apenas carregam déficit na comunicação social ou interação social. O manual afirma que o TEA interfere apenas no comportamento e que não caracteriza doença. Ainda de acordo com as pesquisas a tendência é que daqui a dois anos esse número caia para 39 crianças.

O Dia do Orgulho Autista, comemorado nesta quinta (18 de junho), foi instituído para que as pessoas autistas sintam orgulhos de serem autistas. A data criada em 2005 tem também como objetivo alertar a sociedade para que seja tolerante com as diferenças. O arco-íris, símbolo do infinito, usado como o símbolo deste dia e que representa "a diversidade, com variações infinitas e infinitas possibilidades", foi inspirado no movimento LGBTQI+ que luta pelo auto aceitação e pelo orgulho de serem o que são.

Mais do que comemorar, o dia 18 de junho é de conscientização e respeito àqueles e àquelas que foram escolhidas para serem especiais em sua forma de agir e interagir. Reconhecer que o autismo apresenta condições e características que trazem desafios e que nos ensina nova forma de enxergar o amor e de amar. A data busca normalizar a neurodiversidade, ou seja, o reconhecimento de que o funcionamento cerebral de algumas pessoas é diferente do que é considerado típico ou normal. Apenas tornar a sociedade mais inclusiva.

Outra data referente ao tema é 02 de abril. Instituída pela Lei 13.652, de 2018 é o Dia Nacional de Conscientização sobre o autismo. As duas datas fortalecem a reflexão e a compreensão sobre as especificidades do espectro das pessoas com o transtorno.

Para reforçar a importância do respeito ao autismo e toda diversidade publicamos nas redes sociais o podcast gravado sobre o tema. O Fenacast teve participação de especialistas e do Coordenador de comunicação Isaac Lima que é pai orgulhoso de uma criança autista. Ouça AQUI.

 

Joana Darc Melo, da Fenajufe

Arte: Annelise Oliveira

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