Diante do fatiamento da empresa e das privatizações, a direção pró-mercado resolveu atacar os sindicalistas que fazem a resistência e a defesa do Petroleira Brasileira
O terrorismo de estado avança sem dó nem piedade contra um dos maiores patrimônios nacionais e seus servidores. Encastelados na cúpula dirigente, apaniguados de partidos políticos apoiadores de Bolsonaro deram início à maior dilapidação da transnacional estatal do Petróleo, quinta maior do mundo em seu segmento: a Petrobrás.
Diante do fatiamento da empresa e das privatizações, a direção pró-mercado resolveu atacar os sindicalistas que fazem a resistência e a defesa do Petroleira Brasileira. Até agora, já são 4 punidos: Leonardo Auim, Thiago Machado, Gustavo Helmond e Cristiano Almeida.
O processo de privatização da Petrobras no governo Bolsonaro, extremamente alinhado aos interesses das petroleiras – principalmente norte-americanas – em evitar que a Petrobrás se transforme em uma das gigantes do segmento.
De acordo com a norueguesa Rystad Energy, a Petrobras está a caminho de se tornar a maior produtora de petróleo no mundo entre empresas de capital aberto até 2030. A Rystad Energy é uma empresa independente de pesquisa de energia e inteligência de negócios que fornece dados, ferramentas, análises e serviços de consultoria para a indústria global de energia.
A Fenajufe se solidariza aos sindicalistas e reproduz, aqui, a Moção de Repúdio da Federação Nacional dos Petroleiros, contra as perseguições na Petrobras:
MOÇÃO DE REPÚDIO ÀS PERSEGUIÇÕES NA PETROBRÁS!
A atual gestão da Petrobrás está num processo de “caça às bruxas”. Dezenas de punições e perseguições estão ocorrendo nas distintas unidades da empresa.
Os diretores do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais, Leonardo Auim e Gustavo Helmold, foram punidos com suspensão de 25 dias e 17 dias respectivamente.
Essa punição tem como objetivo quebrar qualquer resistência contra a venda de qualquer uma das refinarias espalhadas pelo país. E não é a primeira vez que a empresa tenta punir Leonardo.
Na greve de 2018 houve a tentativa de suspensão de 5 dias por se recusar a trabalhar mais de 16 horas, o que colocaria em risco a saúde, sua integridade física e dos demais trabalhadores do setor. A punição foi cancelada na Justiça do Trabalho.
Leonardo era membro da CIPA, eleito pelos trabalhadores. Também é diretor do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais e um dos ativistas mais reconhecidos pela base da categoria.
Gustavo Helmold também é uma importante liderança em defesa dos direitos dos petroleiros e petroleiras, atuando para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores bem como na defesa do sistema Petrobras.
A acusação se resume à "não colaboração com processo de investigação". Isso se deu apenas por ter se recusado a entregar um suposto e-mail pessoal, por entender que a Ata da CIPA é o documento oficial na empresa e por ter exigido que sua fala fosse gravada ou na presença de uma testemunha, durante o interrogatório.
Assim, buscam retirar o direito de organização e fiscalização dos trabalhadores dentro da empresa.
A direção da empresa e o governo Bolsonaro querem entregar toda a alta, rica e lucrativa produção da Petrobrás. Para isso não aceitam nenhum tipo de resistência por parte de trabalhadores, insistem nas punições e na falta de informações aos brasileiros sobre as privatizações.
Nós do movimento sindical e popular de conjunto nos unimos contra as privatizações e repudiamos as perseguições e punições impostas pela Petrobrás!
A luta não vai parar por aqui! Estamos unidos na defesa intransigente dessas lideranças contra qualquer perseguição ou punição!
Contra a privatização da Petrobrás! Petrobrás Fica!
Por uma atuação independente nas CIPAs!
Fim de todas as punições e perseguições aos que lutam!
Cancelamento imediato na Petrobrás de todas as punições políticas!
Não recuaremos na luta!