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"PAÍS DE MARICAS". Bolsonaro minimiza mais uma vez mortes por Covid- 19 em evento público

Declaração do presidente da República é pejorativa,  machista, preconceituosa e banaliza crise sanitária que o País enfrenta desde o início da pandemia.

A Covid-19 já fez 162 mil mortes no país. Ainda assim o presidente Jair Bolsonaro continua debochando da pandemia. No lançamento do programa de Retomada do Turismo ocorrido na terça (10), Bolsonaro faz uma declaração em que diz que o Brasil tem que deixar de ser um “país de maricas” e retomar a vida.

Desde o início, Bolsonaro banaliza a letalidade do vírus e as mortes em decorrência da doença. O chefe da Nação Ignorou as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), descumpriu o distanciamento social e o uso obrigatório de máscaras. Foi na contramão de todos os recursos de preservação da vida e saúde da população. Para o Presidente, morrer é o caminho de todos. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer. Não adianta fugir disso, fugir da realidade”, argumentou na mesma fala.

O termo usado pelo Presidente, é pejorativo, machista e foi dito de forma preconceituosa. Geralmente, é pronunciado quando quer se referir a homens medrosos, inseguros, que tenham comportamentos ou atitudes atribuídas ao sexo feminino. Não é a primeira vez que Bolsonaro desrespeita a diversidade. Nunca deixou esconder, opiniões racistas e homofóbicas.

Sobre a possível segunda onda do vírus, aventada por especialistas e autoridades da saúde, faz pouco caso, desdenha e diz que é uma forma de “amedrontar o povo” e voltou a condenar o fechamento do comércio.

Em rede social, na mesma noite Jair Bolsonaro fez postagem comemorativa quanto a suspensão dos estudos da vacina Coronavc (sendo desenvolvida para combater a covid-19), pela Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA). A agência alegou ter ocorrido “evento adverso grave”, mas garantiu que tipo de interrupção é prevista pelas normativas da Anvisa e faz parte dos procedimentos de Boas Práticas Clínicas esperadas para estudos clínicos conduzidos no Brasil.

Nesta quarta (11) o Supremo Tribunal Federal-STF- expediu determinação para que a Anvisa explique no prazo de 48 horas, os motivos que levaram à suspensão dos testes da vacina. O documento é assinado pelo ministro Ricardo Lewandowisk.

 

Joana Darc Melo, da Fenajufe
Filtro sobre foto de Marcelo Camargo Agência Brasil

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