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Consciência Negra: mais um negro morre vítima da violência racial no Brasil

Consciência Negra: mais um negro morre vítima da violência racial no Brasil

Seguranças de uma loja do Carrefour em Porto Alegre - RS -, entre eles um Policial Militar temporário sem experiência, espancam João Alberto Silveira, de 40 anos, até a morte

O caso não poderia ser mais emblemático: na mesma cidade onde ativistas negros gaúchos propuseram o 20 de Novembro como Dia Nacional da Consciência Negra, o racismo matou mais um negro. João Alberto Silveira, de 40 anos, foi brutal e covardemente assassinado por seguranças do hipermercado multinacional francês Carrefour, na véspera do 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra.

. (CUIDADO, conteúdo muito violento).

O caso está a cargo da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre, mas até o momento a delegada responsável pelo caso não quis dar detalhes sobre a linha de investigação. "O maior indicativo da necropsia é de que ele foi morto por asfixia, pois ele ficou no chão enquanto os dois seguranças pressionavam e comprimiam o corpo de João Alberto dificultando a respiração dele. Ele não conseguia mais fazer o movimento para respirar", informou Roberta Bertoldo, Delegada responsável pela investigação. João Alberto Silveira Freitas era cliente habitual do hipermercado francês.

Nas redes sociais, as críticas ao Carrefour foram constantes. “Se fosse no Bourbon (supermercado chique de Porto Alegre), como agiriam? Perguntou um internauta no Twitter. Outro, do interior de Goiás, sugeriu que as lojas em todo o país fossem queimadas. Uma loja na Pamplona, região dos Jardins em São Paulo, foi atacada.

As ações do Carrefour, dono da marca Atacadão e que opera na Bolsa de Valores como CRFB3, fecharam o pregão de 20 de Novembro em alta de 0,78%.

Não existe racismo no Brasil...
Ainda com a comunidade negra sob o impacto da comoção pelo assassinato de Beto Freitas, o vice-presidente da República, general de exército Hamilton Mourão, afirmou que no Brasil não existe racismo. Totalmente desconectado de mais de 51% da população brasileira, o militar negou o racismo e ainda disse se tratar de “modismo” importado.

A Fenajufe repudia veementemente  o assassinato de João Alberto e destaca a importância da uta diária e constante contra qualquer forma de descriminação.

 

Luciano Beregeno, da Fenajufe

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