Barrados, realidade dos servidores contrasta com grupos de direita, circulando livremente na entrada do Anexo II da Câmara
Servidoras e Servidores públicos estiveram mobilizados na Esplanada dos Ministérios e proximidades do Congresso Nacional, desde o meio-dia desta segunda-feira, 1º. O Dia Nacional de Luta, convocado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), defende a universalidade da vacina contra a covid-19 pelo SUS; contra as privatizações e contra a reforma administrativa.
Após realizar uma carreata pelas principais vias da capital da República, os manifestantes buscaram se aproximar da entrada principal pelo Anexo II da Câmara dos Deputados. Mas com a Esplanada fechada desde a zero hora da segunda-feira, os trabalhadores foram barrados.
Se a questão fosse para garantir a segurança, o argumento do bloqueio poderia até ser justificável. Mas não foi isso que se viu. Enquanto trabalhadores que se manifestavam em defesa da vacina foram proibidos de se aproximar dos parlamentares, na mesma entrada do Anexo II o que se viu foram “delegações” de “militantes” da extrema-direita, adeptos do bolsonarismo e em defesa da candidatura de Arthur Lira à presidência da Câmara. Um tratamento absurdamente totalitário e incompatível com a tradição democrática daquela que um dia foi a “Casa do Povo” e hoje, funciona muito mais como puxadinho do empresariado.
Os servidores, na defesa da expressão dos direitos da população ao acesso a serviços públicos gratuitos e universais, queriam apenas entregar um manifesto aos candidatos à presidência das Casas. Mas foram proibidos, ainda sob a gestão de Maia (DEM/RJ).
Em sua participação no ato em defesa da vacina e contra as privatizações e a reforma administrativa, o coordenador da Fenajufe, Roberto Policarpo, alertou que apesar a forte mobilização dos trabalhadores e da pandemia, impedindo que o governo tocasse a PEC 32 em 2020, este ano, o ataque será ainda mais violento em busca da aprovação da pec 32. Policarpo destacou que o caminho é a luta unitária da classe trabalhadora contra o governo genocida de Bolsonaro e contra a destruição do serviço público.
Acompanhe o vídeo:
As atividades e carreatas ocorreram em vários estados e encerram o calendário da Jornada Nacional de Lutas, que teve início dia 24 de janeiro. Com a eleição dos presidentes da Câmara e Senado, o ano de 2021 oficialmente teve início. Ainda está programado um panelaço nacional a partir das 20h.
Mais fotos do ato das entidades nacionais das Servidoras e Servidores Públicos em 1º de fevereiro podem ser vistas no Facebook da Federação, AQUI.
Senado confirma Pacheco na Presidência
Era pouco mais de duas e meia da tarde quando teve início a sessão do Senado, preparatória para a eleição da nova Mesa Diretora da Casa. Por volta das 19 horas, o senador Rodrigo Pacheco (DEM/MG) foi confirmado como novo presidente do Senado, com 57 votos. Simone Tebet (MDB-MS), recebeu 21 votos.
Câmara inicia sessão para escolha da nova direção
Já na Câmara dos Deputados a sessão que definirá a presidência da Casa e o destino do governo Bolsonaro teve início às 19 horas. São nove candidatos que disputam o cargo: Arthur Lira (PP-AL), lançado por bloco de 11 partidos com 236 deputados ao todo; Baleia Rossi (MDB-SP), lançado por bloco de dez partidos com 210 deputados; e os seguintes deputados com candidaturas avulsas: André Janones (Avante-MG); Alexandre Frota (PSDB-SP); Fábio Ramalho (MDB-MG); General Peternelli (PSL-SP); Kim Kataguiri (DEM-SP); Luiza Erundina (Psol-SP) e Marcel van Hattem (Novo-RS). (Com informações da Agência Câmara de Notícias).
Joana Darc Melo
Luciano Beregeno
