Encontro Nacional das servidoras e servidores da JE acontece por videoconferência ao longo deste sábado (21)
Com a participação de 14 Sindicatos de base, começou na manhã deste sábado (21) o Encontro Nacional de Servidores e Servidoras da Justiça Eleitoral - Eneje - por videoconferência para discutir, entre outros pontos, os desafios e perspectivas para a eleição de 2022 diante dos ataques, recorrentes, de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral.
Registro no encontro das coordenadoras Juscileide Rondon e Lucena Pacheco e dos coordenadores Edson Borowski, Fabiano dos Santos, Leopoldo de Lima e Ramiro López. Dos Sindicatos, representantes do Sindjus-AL, Sindjufe-BA, Sinje-CE, Sinjufego-GO, Sindjufe-MS, Sindjuf-PB; Sindjuf-PA/AP, Sintrajuf-PE; Sintrajud-SP; Sisejufe-RJ; Sintrajufe-RS; Sintrajusc-SC, Sitraemg-MG e Sinjuspar-PR.
A abertura dos trabalhos ficou a cargo da comissão organizadora formada pelos coordenadores Edson Borowski, Fabiano dos Santos e Leopoldo de Lima que saudaram a presença dos participantes no evento.
O coordenador Edson destacou que este é o segundo Eneje realizado pela Federação em período de pandemia dada a necessidade de reunir forças e somar esforços em defesa da Justiça Eleitoral que, em última instancia, é a defesa da democracia. Já o coordenador Leopoldo reforçou a necessidade de união da categoria frente aos ataques do governo à JE e informou que a Fenajufe tem um canal direto de comunicação com o DG do TSE para o diálogo acerca das demandas da categoria. Por sua vez, o coordenador Fabiano alertou que os ataques à JE é a ponta do iceberg de algo bem mais profundo e, ao mesmo tempo em que se luta contra esses ataques, a Fenajufe está num processo de mobilização para barrar a reforma administrativa (PEC 32/20).
Informes da Fenajufe
O coordenador Edson Borowski destacou o papel da Fenajufe no Fórum Permanente de Gestão da Carreira dos Servidores do PJU no CNJ, criado ainda na gestão do ministro Dias Toffoli, atendendo solicitação histórica da Federação. O diretor explicou a divisão dos grupos no Fórum para tratar de diversos temas como NS, AQ, Polícia Judicial, VPNI dos Oficiais de Justiça, reenquadramento dos auxiliares, entre outros.
Sobre a Justiça Eleitoral, Edson informou que desde o início da atual Diretoria Executiva, a Fenajufe buscou o diálogo com as administrações do TSE ainda sob a gestão da ministra Rosa Weber e, na atual gestão do ministro Luís Roberto Barroso, abriu-se uma porta com a Direção-Geral do TSE. Nesse sentido, várias questões foram encaminhadas como a prorrogação das requisições, do trabalho remoto, pagamento das horas extras das eleições de 2020 e Dimensionamento da Força de Trabalho (DFT).
Concluindo os informes, o coordenador Leopoldo de Lima também enfatizou o papel da Fenajufe nas discussões do Fórum de Carreira e esclareceu que o foco inicial está nas pautas que não demandam questão financeira. Leopoldo reiterou que a Federação está defendendo o que foi deliberado em ampliadas, plenárias e congressos. E sobre a estrutura da Justiça Eleitoral e DFT, o dirigente pontuou que de acordo com o Diretor-Geral do TSE, Rui Moreira de Oliveira, não existe nenhum estudo com objetivo de reduzir a estrutura da JE.
Palestras
O painel de debate da primeira parte do Eneje foi sobre o papel da JE frente aos ataques do governo e desafios para o processo eleitoral em 2022 com os servidores Bruno Andrade, do TRE-RJ e secretário de modernização, gestão estratégica e socioambiental do TSE e Démerson Dias do TRE-SP, ex-diretor da Fenajufe e do Sintrajud-SP.
Os palestrantes trataram dos desafios logísticos, requisitados na JE para melhoramento do quadro, inteligência artificial, conceito de democracia no País e o papel da Justiça Eleitoral como garantidora do processo eleitoral. Além, claro, da necessidade de se barrar a reforma administrativa (PEC 32/20) na comissão especial da Câmara dos Deputados.
Programação da tarde
14h - Apresentação dos informes dos Sindicatos;
15h - Apresentação de propostas e debate;
17h - Encerramento.
Raphael de Araújo
