Insatisfação cresceu com negativa do governo em ampliar reajuste para todas categorias; entidades discutem paralisação em janeiro e construção de greve geral
O ano mal começou e um cenário de desafios se apresenta para toda a classe dos servidores públicos. Entre eles, manter a unidade na luta para derrotar os ataques do governo. A estratégia foi fundamental para provocar o recuo do governo na tramitação da reforma administrativa em 2021.
Em último ataque aos servidores ainda no ano passado, o presidente Jair Bolsonaro em escancarado desrespeito com todo o funcionalismo, reservou R$1,7 bilhão do Orçamento para reajuste apenas dos servidores das Polícias Federal e Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional.
Ao preterir as demais categorias de trabalhadoras e trabalhadores das três esferas, sem aumento salarial desde 2017, o presidente demonstrou mais uma vez o descaso com toda a classe de servidores que reagiu de imediato e já organizam uma grande mobilização em todo território nacional.Objetivo é pressionar para que haja reajuste salarial para todas as categorias.
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (FONASEFE), já discute ações de mobilização e atuação para a construção de possível greve nacional em todo funcionalismo.
As diversas entidades representativas do serviço público reforçam unidade para defender o conjunto de servidores e também os direitos de toda sociedade, retirados e penalizados pelos projetos destrutivos do governo BolsoLiraGuedes.
Após período difícil de muitas perdas, desemprego, fome e aumento da miserabilidade no País, aos brasileiros e brasileiras restam união para combater as políticas de destruição e demais ataques do governo que ainda estão por vir.
Em 2021, a Fenajufe e sindicatos filiados encamparam forte luta contra aprovação da PEC 32. Para este novo ano, a Federação reafirma a importância da manutenção da luta conjunta para obtenção de êxito nas lutas que se desenham para o período.
Vale ressaltar que em ano eleitoral, aprovação do governo despenca. A cada dia que passa,a gestão do presidente dá sinais de derrocada. Pesquisa"PoderData" divulgada na quinta-feira (6) mostra que o governo Bolsonaro é reprovado por 61% dos brasileiros.
Servidores devem utilizar os dados para intensificar rejeição e enfraquecer intenções de Bolsonaro de desmantelar o serviço público e retirar direitos de servidores e servidoras.
Negligência com as vítimas das chuvas que já somam centenas de milhares de desabrigados,principalmente nos estados da Bahia e Minas Gerais e o negacionismo com a vacinação infantil contra a Covid-19 ,demonstram irresponsabilidade, desumanidade e total desprezo com a dignidade humana.
Joana Darc Melo, da Fenajufe, foto; Raphael de Araújo