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Mês de março começa com promessa de greve nacional no funcionalismo

Servidores intensificam pressão e movimento paredista ganha força; paralisação nacional acontece dia 16 e greve por tempo indeterminado pode ocorrer a partir do dia 23

Servidoras e servidores públicos representantes das três esferas se organizam para protagonizar uma grande greve geral neste mês de março. A decisão veio na segunda Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais ocorrida dia 23 de fevereiro.

Desde o mês de janeiro,o conjunto de servidores públicos busca diálogo com o governo que até o momento menospreza o pleito das categorias.Já são mais de quarenta e três dias sem nenhuma sinalização de resposta.

O desrespeito e o descaso governistas com as servidoras e servidores tem provocado crescente insatisfação. Reunidos na Plenária Nacional, os participantes defenderam um ultimato ao governo com paralisação no dia 16 avançando para um movimento paredista a iniciar-se dia 23 caso não seja instaurado um processo de negociação.

Protocolada em janeiro, a pauta de reivindicação dos servidores pede recomposição salarial imediata referente às perdas inflacionárias do governo Bolsonaro, arquivamento da PEC 32, (reforma administrativa) e revogação da EC 95.

Novo ato unificado está marcado para acontecer dia 16,dia  de paralisação nacional. Nesta data haverá manifestação tanto em Brasília como também nos estados. Após o ato, o governo terá uma semana para se manifestar. Ao contrário, os servidores e servidoras darão início à greve geral por tempo indeterminado.

A greve que já tem data para acontecer pode se tornar a maior no funcionalismo público desde 2015. Trabalhadoras e trabalhadores da administração pública prometem não arrefecer da luta.

Em ano eleitoral, o presidente pode ter dado um tiro no pé ao destinar 1,7 bilhão de verba do orçamento de 2022 para reajuste apenas de servidores da àrea de segurança. Mesmo pressionado pelo restante das categorias o governo manteve a destinação.

No Planalto, especula-se que o governo continuará inerte até o final do mês de março.O silêncio é estratégico já que no início de abril, entram em vigor restrições da lei eleitoral (9.507/1997) que podem dificultar a concessão de aumentos.

A legislação proíbe agentes públicos de fazer "revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição". Isso porque, segundo a lei, medidas como essas podem "afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos".

Calendário:

08/03 – Dia Internacional da Mulher – construção e participação nos atos nas cidades;

09/03 – Lançamento do Comando Nacional de Construção e Mobilização da Greve;

16/03 – Dia Nacional de Paralisação, Mobilização e Greve – com ato nacional em Brasília e atos em todo o país. Após esse dia, será dado o prazo de 7 dias para o governo negociar com os servidores, e se o governo continuar em silêncio;

23/03 – Início da Greve Nacional do Funcionalismo Público.

Joana Darc Melo, da Fenajufe

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