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Começa neste sábado o Encontro Nacional de Pretas e Pretos da Fenajufe

Começa neste sábado o Encontro Nacional de Pretas e Pretos da Fenajufe

Em formato híbrido; evento conta com 35 representações de sindicatos;os debates seguirão até o domingo (27)  e podem ser acompanhados pelo Youtube da Federação 

A comissão organizadora composta pela coordenadora Sandra Dias e os coordenadores Luiz Cláudio Correa e Jaílson Laje, fêz a abertura.Nos momentos de fala, os dirigentes ressaltaram a importância dos debates de questões raciais que se estenderão até o domindo (27).

O tema ”Negritude e poder: o que esperar dos poderes Legislativo e Executivo após as eleições 2022?” , abriu a primeira mesa de debates. Dela participaram as palestrantes Patrícia Ramos,professora e membra do Movimento de Mulheres em Luta (MML),as vereadoras Bruna Rodrigues (Pcdo B/RS) integrante da bancada negra do partido na Câmara e Tainá de Paula (PT/RJ),ambas com forte atuação política-antirracista em seus estados e Artur Miranda,representando a Operativa Nacional da Coalizão Negra Por Direitos.

A vereadora Bruna Rodrigues, abriu o debate trazendo a necessidade de uma reflexão sobre o papel do judiciário nas questões raciais. Ela afirmou que não enxerga um“novo pacto nacional de defesa ou de resgate de nossa nacionalidade, de um projeto de nação sem a inclusão do Judiciário" A vereadora afirmou que qualquer retomada honesta de gestão que leve em consideração a desigualdade social,deve colocar no centro pautas como “o combate à mortalidade da juventude negra, a fome e o extermínio desta mesma juventude” e reforça que o   Judiciário é o centro dos Poderes e precisa romper a estrutura racista do país e não manter essa mesma estrutura".

Patrícia Ramos iniciou sua falando da importãncia das atividades do “novembro negro” que além de relembrar Zumbí e Dandara representa a força de negras e negros contra as opressões e exploração social mas que também marca a derrota de Bolsonaro nas urnas  e “o pior do sistema capitalista”. A militante do MML afirmou,ainda, que “Bolsonaro atacou duramente o povo negro nesses quatro anos e a classe trabalhadora como um todo”. Concluindo, ela citou a pesquisa recente do IBGE, que reafirma as desigualdades da população negra em relação aos brancos.

Arthur Miranda que também é diretor executivo do Laboratório de Periferias (PerifalLAB), ressaltou que a vitória do Lula foi de uma "importãncia gigantesca” no processo de reconstrução democrática do País e da sociedade, mas que  é preciso considerar que o Legislativo carece de representatividade negra. Segundo ele, houve ,de fato, um aumento tímido de bancadas negras, ainda assim “essas bancadas negras não ultrapassam  9% e que “Isso amplia a dificuldade do debate da igualdade racial no parlamento”.Entre os temas centrais propostos até o momento,"o debate da desigualdade racial não está inserido” ,alerta Miranda para o cenário que se desenha com o governo eleito.

A vereadora Tainá de Paula (PT/RJ), encerrou a mesa de debates da parte da manhã do primeiro dia de encontro. A parlamentar considera que o mais importante é saber "quais as políticas do governo eleito para a população negra. Ela cita ser fundamental se atentar por exemplo,como o futuro ministro ou ministra da Fazenda irá reparar as péssimas condiçoes da classe trabalhadora negra,como vai fazer para revogar as reformas trabalhistas e previdenciária e como fazer para inserir o negro nas politicas de inclusão. Para ela, devemos disputar “com fôlego  e garra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva”.

Enviaram representantes os seguintes sindicatos de base: Sinje/CE, sindissetima/CE , sindjufeba/BA, sintrajufe/RS, Sisejufe/RJ, sintrajud/SP, sindjufe/MS, sintrajurn/RN, sintrajusc/SC sinjutra/PR.

O período da tarde  será iniciado com a segunda mesa do dia cujo tema é “Negritude nas Ruas: qual(is) pauta(s) organizam a nossa luta?” O debate será divido  entre os palestrantes Walmir Júnior do Movimento Negro Unificado no Rio de Janeiro (MNU/RJ),Rosana Fernandes, da Secretaria de Combate ao Racismo da CUT Nacional; João Paulo  JP – representando o núcleo de negros e negras da CTB e da  Unegro /DF,  finalizando com Wellingta Macêdo , do Quilombo Raça e Classe.

Programação de domingo (27)

9h - Mesa 3. Enegrecendo a Fenajufe: desafios da auto-organização dos pretos e pretas no movimento dos(as) trabalhadores(as) do judiciário - limitações, experiências e tarefas

  • Sandra Cristina Dias – Coordenadora Geral
  • Jaílson da Silva Lage – Coordenador de Formação Política e Sindical
  •  Luiz Cláudio dos Santos Correa – Coordenador de Combate às Opressões
  • Patrícia Fernanda dos Santos – militante antirracista, representante do coletivo de Negras e Negros da Justiça Federal

11h - Perguntas e Intervenções pelos participantes

11h30 - Respostas dos palestrantes

Joana Darc Melo

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