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Vindos de todo o país, Servidoras e Servidores Públicos pressionam em Brasília contra a reforma administrativa

Atividades da Semana Nacional de Mobilização tomaram conta da Esplanada dos Ministérios e do Anexo II da Câmara

O primeiro dia de discussões do relatório apresentado por Arthur Maia (DEM/BA), da PEC 32/20 – a reforma administrativa – terminou com pesadas críticas tanto ao texto original quanto ao substitutivo e com a promessa do relator de nova proposta de parecer a ser apresentada nesta quarta-feira, 15.

A dificuldade do relator em justificar uma emenda constitucional péssima para o grosso da população e que ainda, de quebra, privatiza e passa a cobrar serviços que hoje são custeados pelo estado, ficou evidente. A PEC 32 incomoda também, a base de Guedes e Bolsonaro na Câmara.

Enquanto na Comissão Especial os debates aconteciam, na Esplanada em Brasília servidores(as) e entidades denunciavam os catastróficos efeitos da reforma para o conjunto da sociedade. Pela Fenajufe, presença dos coordenadores Engelberg Belém, Evilásio Dantas, Fabiano dos Santos, Fernando Freitas, Isaac Lima, Luis Cláudio Correia, Ramiro López, Roberto Policarpo e Thiago Duarte. Dos estados, presença também das delegações de Minas Gerais (Sitraemg/MG), Rio Grande do Norte (Sintrajurn/RN), Mato Grosso (Sindijufe/MT), São Paulo (Sintrajud/SP e Sindiquinze/15ª), Rio de Janeiro (Sisejufe/RJ), Rio Grande do Sul (Sintrajufe/RS), Bahia (Sindjufe/BA), Pernambuco (Sintrajuf/PE), Ceará (Sintrajufe/CE, Sindissétima/CE e Sinje/CE), Paraíba (Sindjuf/PB), Goiás (Sinjufego) e Amazonas (Sitra/AM). Mais dirigentes e sindicatos reforçam as atividades nesta quarta-feira, 15.

Verdade incômoda para o governo, do mais pobre até ao mais rico, todos serão impactados negativamente pela PEC 32/20. Seja na perda de acesso direto a serviços como saúde e educação; seja na perda da segurança alimentar e integridade do estado, garantida via atuação direta de órgãos públicos. Todos perdem. E o parecer do relator não conseguiu esconder essa faceta da proposta da reforma.

Some-se a isso o resultado do trabalho metódico da oposição na Comissão Especial – e aí justiça seja feita justiça às frentes Parlamentar Mista do Serviço Público e Servir Brasil – com a atuação diuturna das entidades sindicais e associativas dos(as) servidores(as) na pressão sobre o Parlamento, têm-se muito ampliada a chance de derrubada da reforma, anda na Câmara dos Deputados. Mas é preciso mais pressão.

Pressão como a desta terça-feira, iniciada já nas primeiras horas do dia nos aeroportos do país, onde o “bota-fora” acontecia, e no aeroporto de Brasília, onde uma calorosa recepção os aguardava. E lá estava a Fenajufe e os sindicatos filiados, deixando claro a todos e todas, que a reforma administrativa de Guedes, Bolsonaro e Arthur Lira, não presta.

A pressão continuou com a marcha na Esplanada dos Ministérios rumo ao Anexo II da Câmara, onde aconteceu o ato contra a PEC 32/20. Nas falas de dirigentes e deputados(as), os reais objetivos da PEC 32/20: entregar o estado brasileiro, ao controle da iniciativa privada.

Novo relatório

O debate da PEC 32 continua nesta quarta-feira. Com sessão convocada para as 9 horas, a expectativa é pelas mudanças que o relator fará no relatório. Também as 9 horas acontece reunião de servidores(as) no Espaço do Servidor (Esplanada dos Ministérios, entre os Blocos C e D), para avaliação das atividades da terça-feira e organização do dia de pressão.

Pressão

A “pancada” sobre o Parlamento foi sentida. Com a mobilização das servidoras e servidores públicos na Esplanada e nas redes sociais, deputados governistas querem garantia de aprovação da reforma administrativa também pelo Senado. O temor é que a Câmara se desgaste ao aprovar a impopular medida para agradar setores muito específicos da política e do mercado, e o Senado rejeite a PEC, deixando o ônus aos deputados(as), à véspera de um ano eleitoral.

Outra informação que aponta a fragilidade no apoio à PEC 32 veio do jornal Valor Econômico que publicou nota ontem, 14/9, sobre a escalada de Arthur Maia por votos da bancada da bala para aprovação da reforma, sem os quais, segundo confidenciou, a proposta não passa.

Posto o cenário, a orientação é para intensificar a pressão nas bases eleitorais dos parlamentares - deputados(as) e senadores(as)  - com o máximo de mobilização que desperte o interesse, principalmente, dos susuários dos serviços públicos. Panfletagens em estações de transporte público, postos de vacinação e marcação corpo-a-corpo de políticos em eeventos públicos, além das tradicionais campanhas audiovisuais publicitárias devem ser intensificadas.

 

 


Mais fotos da mobilização em Brasília podem ser vista no Facebook da Fenajufe, AQUI.


Luciano Beregeno, da Fenajufe

Fotos: Joana Darc Melo, da Fenajufe

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