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Comissão Especial aguarda pausa no plenário para retomar debate do relatório da PEC 32

A resistência dos servidores e servidoras é absoluta e precisa ser ainda mais intensificada, agora também, sobre parlamentares governistas

Com a sessão da tarde desta quarta-feira, 22, suspensa na Comissão Especial da Reforma Administrativa em função da sessão do Plenário da Câmara dos Deputados, é aguardado para qualquer momento ainda hoje, 22, a votação do relatório da PEC 32/20.

A Fenajufe e os sindicatos filiados continuam mobilizados na Câmara dos Deputados e imersos no trabalho de corpo a corpo, visitando parlamentares em busca de apoio contra a reforma e de declarações de posicionamento, públicas. A Federação também se prepara para manter a vigília na Câmara, caso a discussão na Comissão se estenda.

Falando pela Fenajufe, o coordenador Fabiano dos Santos apontou a mobilização como decisiva para impor derrotas ao governo e aos governistas na Câmara. Fabiano conclamou a militância a permanecer mobilizada em Brasília e disposta à luta, porque é essa pressão, unificada e organizada, que pode levar à vitória contra a reforma.

Acompanhando as movimentações no plenário da Comissão, o coordenador Roberto Policarpo informou, agora há pouco, que o relator Arthur Mais já se encontra na Comissão Especial, bem como alguns parlamentares. Mas a oposição está a postos e pronta para obstruir.

 

“Não tem mais acordo, vamos votar isso aqui”
As dificuldades de costura por apoios ao relatório da PEC 32 na própria base do governo, levou o relator da proposta, deputado Arthur Maia, a um desabafo. Segundo testemunhas, o parlamentar cansou e tascou: “Não tem mais acordo, vamos votar isso aqui”.

Com isso é dado como certo que esta seja a última alteração no texto do parecer, protocolada mais cedo, às 16h19 de hoje.

Enquanto isso, na entrada do Anexo II continua a mobilização dos servidores e a pressão sobre os parlamentares. A orientação é que a mobilização seja mantida até que se tenha posição definida sobre a retomada ou não das discussões hoje na Comissão Especial.

 

Resistência absoluta
Os sucessivos recuos do governo e da ala governista na Câmara são reflexos das pressões havidas desde o início da tramitação da PEC 32/20 na Câmara dos Deputadas. A empáfia e arrogância do presidente da Casa, Arthur Lira e do relator, Arthur Maia, aos poucos foram cedendo lugar ao pavor e medo da derrota, numa clara demonstração de contrariedade própria de quem tem que prestar contas de alguma coisa a alguém.

A resistência dos servidores é absoluta e precisa ser ainda mais intensificada, agora sobre parlamentares também da base do governo. A certeza que fica é uma só: a PEC 32/20 – PEC da Rachadinha e da Corrupção – não presta, é ruim e vai acabar com os serviços oferecidos à população, desde a saúde à preservação de direitos.

A luta está valendo a pena e tem que continuar
Em conversa com os servidores e servidoras no Anexo II, o deputado Rogério Correia (PT/MG) informou que o texto apresentado pelo relator pode ter conseguido apaziguar a base do governo. Mas que os partidos que fecharam posição contra a reforma, vão usar tudo o que o regimento permite, para barrar a PEC.

Correia lembrou que as vitórias parciais obtidas até agora indicam a possibilidade de derrota da PEC 32/20 no plenário e pediu que a pressão sobre os deputados(as) seja reforçada.

Também conversando com servidores(as) mobilizados(as), Alice Portugal (PCdoB/BA) lembrou que houve avanços pontuais, como a contratação temporária que era de 10 anos e caiu pra 6 na última versão. Mas isso não são recuos, porque a PEC continua atacando o concurso público, que é garantia de controle social da atividade do estado.

Pela frente ampla contra a PEC também o deputado Gervásio Maia (PSB/PB) exortou reforço na pressão também pelas redes sociais sobre os parlamentares como forma de fazer o governo recuar.

 

Luciano Beregeno, da Fenajufe

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