Nessa quinta-feira, 13, manifestantes realizaram protesto no Centro de Porto Alegre denunciando o genocídio do povo negro no país. A atividade, que contou com mobilizações em todo o Brasil, marcou o 13 de maio, registrado na história como o dia da abolição da escravatura, para caracterizar a “falsa abolição” e defender pautas centrais para a luta antirracista. O Sintrajufe/RS esteve representado na mobilização pelos diretores Marcelo Carlini e Zé Oliveira.
Os protestos foram organizados pela Coalizão Negra Por Direitos e ocorreram uma semana após a chacina de Jacarezinho, no Rio de Janeiro, a operação policial mais letal da história, que deixou um saldo de 28 mortos. “Nem bala, nem fome e nem covid. O povo negro quer viver!”, dizia a faixa que abriu a caminhada. Após concentração no Largo Glênio Peres, os manifestantes desceram a avenida Borges de Medeiros e encerraram o ato no Largo Zumbi dos Palmares.
Além de Jacarezinho, o ato lembrou os assassinatos em Porto Alegre de Beto Freitas, por seguranças do Carrefour, e de Gustavo Amaral, pela Brigada Militar. Os manifestantes também denunciaram as políticas genocidas do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e defendeu o auxílio emergencial de R$ 600, vacina gratuita para todos e todas e pelo SUS, além de chamar “Fora Bolsonaro”.
Em São Paulo, foram milhares pessoas no protesto, conforme os organizadores. “Bolsonaro, eu não me engano, o seu governo é miliciano” e “Chega de chacina! Educação, auxílio e vacina” foram algumas das palavras de ordem dos manifestantes durante o ato. A ideia de “nem bala, nem fome, nem Covid. O povo negro quer viver”, mote das manifestações do 13 de maio, também foi ouvida nas ruas em diversas outras capitais e cidades do interior em todo o Brasil.