Construir uma agenda conjunta de lutas: sindicatos se unem contra a Reforma da Previdência

Do Sindjuf/SE 

O Sindjuf/SE deu início a uma mobilização histórica para o Sindicato. Atendendo a convite nosso, na tarde desta terça-feira, 26, lideranças sindicais de categorias diversas se reuniram para debater sobre a atual proposta de Reforma da Previdência e, principalmente, para deliberar sobre o que, unidos, os trabalhadores podem fazer para evitar a aprovação de tamanho retrocesso. 

Dirigentes de 13 sindicatos concordaram em juntar suas forças e promover ações conjuntas com o objetivo de informar toda a população sobre o verdadeiro significado da Reforma da Previdência: o fim da aposentadoria. Cada uma das entidades já vem se movimentando a respeito do assunto desde a semana passada, quando o projeto atualizado e ainda mais endurecido pelo governo Bolsonaro foi apresentado. 

Para o coordenador-geral do Sindjuf/SE, Gilberto Melo, e para todos os participantes, é preciso que os sindicatos se unam para fazer frente à propaganda falsa do governo, de que a Reforma é necessária e acaba com privilégios. “São os grandes empresários e banqueiros os devedores da Previdência Social, causadores do rombo, não os trabalhadores. O povo precisa saber disso e precisa saber também que os verdadeiros privilégios, os dos políticos, por exemplo, não vão acabar”, ressalta. 

Pauta unificada

Durante a reunião, os sindicalistas falaram o que já estão fazendo para combater mais esse ataque aos trabalhadores. Alguns têm participado de fóruns com centrais sindicais e frentes políticas, outros planejam atividades com os filiados. Todos admitem, porém, que é necessário mobilizar recursos para além de suas bases. 

Segundo Guthierre Araújo, coordenador-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica – Seção Sergipe (Sinasefe), foi criada uma comissão especial para tratar da Reforma da Previdência. “Estamos participando das ações amplas do sindicato nacional e, localmente, organizando uma ação em cada campus para informar e alertar trabalhadores e estudantes. Mas não podemos ficar somente dentro de nossas categorias”, afirma. 

Representando o mesmo sindicato, Jailson Cardoso tem opinião semelhante. “Os sindicatos têm agido de forma muito centralizada, voltados apenas para suas bases, seus trabalhadores. É preciso dialogar com a periferia, com os estudantes”, comenta. E assim foi tomando forma uma visão que todos têm em mente: a necessidade de pensar fora da caixinha. 

Para começo de conversa, ficou definido que os sindicatos irão se somar ao que já vem sendo feito por outras entidades e centrais. O segundo passo será construir uma pauta unificada, em que todos os sindicatos falarão para toda a população. Para Ivânia Pereira, presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb/SE), temos que falar a linguagem certa. “Aposentadoria! É assim que devemos falar com as pessoas, é isso que todos entendem e em que vão ser mais afetados”, adverte. 

Já ficou marcada a próxima reunião para a segunda semana de março, ocasião em que cada um levará ideias e projetos de pauta para, então, dar início às atividades. 

Participaram do encontro: Sindifisco, Sintrase, Sinpef, Sintect, Sindijus, Sintufs, Sinpro, Sinasefe, Seeb, Sinaf, Sindipema e Sindimed.


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