Os servidores do Judiciário Federal/AL participaram do ato público na paralisação de 24 horas, realizada em frente ao prédio das Varas do Trabalho, na quarta-feira (15).

Enfatizando que o ato público é um grito de repúdio, o dirigente do Sindjus-AL, Lauro Alves, destacou o massacre que vem acontecendo, principalmente, no governo Bolsonaro, que faz questão de ignorar a importância dos servidores  públicos e desmerecer a necessidade de diálogo com todas as categorias, tanto do Judiciário como dos outros poderes.

“O ato de hoje não pode ser resumido à questão salarial, mas também  envolve todo um processo das posturas nefastas que envolvem o atual governo.

Questões pontuais, como as condições de trabalho dos servidores públicos, a precarização do SUS, a falta de respeito a questão ambiental, o desmonte das universidades públicas, a privatização da Petrobras,  a política de arrocho contra todos os trabalhadores e desempregados do Brasil, a falta de respeito aos órgãos do Judiciário  como um todo, ignorando e desmerecendo a importância de um processo  com mais lisura e justo nas eleições através de ameaças constantes contra o que ainda resta de democrático  Brasil”, disse o sindicalista.

No ato, o servidor da Justiça Federal Paulo Falcão destacou a importância da luta unificada de todos os trabalhadores contra os desmandos do governo, como a reforma administrativa — a PEC 32, que teve a tramitação suspensa, mas que poderá retornar após as eleições. “O governo fez o anúncio de reajuste 5%, mas depois informou que não haverá reajuste. Mesmo com a mobilização das categorias do serviço público, não houve abertura de negociação com os representantes das categorias”.

Também no protesto, foi denunciado que vigilantes do prédio chegaram a ganhar R$ 700,00 no mês em consequência da retirada de direitos com a reforma trabalhista.

O dirigente do Sindipetro e músico, Luciano Alves, conhecido como Zé Maravilha, disse que o governo vende o combustível com o preço atrelado ao dólar, quando o custo da produção e o salário são pagos em real. Revelou também que a primeira refinaria do Brasil foi privatizada, e a população já paga 20% a mais com essa privatização. “A gente não pode concordar com esse governo, que privatiza os setores estratégicos, como a Petrobras”.

Jornalista da Fenajufe