Os servidores do Judiciário Federal de Alagoas decidiram aderir à greve geral, no dia 14 de junho, contra a reforma da Previdência, PEC 06/2019. A decisão ocorreu durante a assembleia geral da categoria, ocorrida em frente ao prédio das Varas do Trabalho na terça-feira (05).
Na assembleia, o coordenador Geral do Sindjus-AL, Paulo Falcão, destacou a perda da garantia constitucional das aposentadorias com a PEC 06/2019, o aumento da idade mínima, a redução para 50% da pensão por morte, a mudança da regra com redução do provento em 60% da média de todas as contribuições à Previdência mais 2% por ano excedido ao período de 20 anos de contribuição.
O sindicalista ressaltou o risco aos direitos dos servidores com os projetos de leis que retiram a estabilidade do serviço público, alertando sobre a inteligência artificial (Victor), que está sendo implantada e poderá substituir os servidores, caso a categoria não ficar atenta e estar unida na luta pela manutenção dos seus direitos.
Paulo Falcão destacou que a reforma da Previdência retira mais de R$ 1 trilhão da Previdência Social dos trabalhadores privado e público, do benefício aos idosos sem renda, da população carente, mas não cobra das empresas devedoras ao INSS, além das renúncias fiscais e Desvinculação da Receita da União (DRU). “A reforma implanta o sistema de capitalização, pondo fim ao regime de repartição dos trabalhadores e à Seguridade Social, desobrigando os empresários e o governo à contribuição previdenciária”, disse.
Campanha de sindicalização
O coordenador Geral informou que as centrais sindicais e sindicatos lançaram a campanha unificada de filiação “Fortaleça o Seu Sindicato. Defenda Sua Aposentadoria”, com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Paulo Falcão ressaltou que o Sindicato é o único instrumento de defesa dos trabalhadores, que ao longo da história do Brasil, significou conquistas de direitos trabalhistas e previdenciários. Disse que o momento é para agregar e fortalecer a categoria por meio de sua organização, que é o sindicato.