Servidores do Judiciário federal na Bahia aderem à greve programada para o dia 29

Os servidores do Judiciário federal na Bahia confirmaram adesão à greve nacional, por tempo indeterminado, programada para o próximo dia 29. A decisão foi tomada em assembleia promovida dia 24 (quinta-feira) no Tribunal Regional do Trabalho (Comércio) pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Bahia (Sindjufe/BA).  A decisão de aderir à  paralisação foi uma reação mais forte à postura  intransigente do governo federal em manter os salários congelados e ao recado oficial de que só negocia melhorias salariais em 2016.

Na assembleia do TRT5, os servidores também elegeram os representantes da Bahia na próxima Reunião Ampliada da Fenajufe, dia 10 de maio, em Brasília. O funcionalismo público  federal está em plena campanha salarial unificada desde fevereiro e suas lideranças ainda não obtiveram sucesso na negociação da pauta de reivindicações, entregue ainda em janeiro ao Ministério do Planejamento.

A categoria cobra uma política salarial permanente, com a definição da data-base dos federais em 1º de maio, reposição inflacionária (as perdas no Judiciário federal já atingem 37%), valorização do salário-base, incorporação das gratificações, cumprimento por parte do governo dos acordos e protocolos de intenções firmados, a rejeição de qualquer reforma ou projeto que retire direitos dos trabalhadores, paridade entre ativos e aposentados, reajuste dos benefícios e antecipação para este ano da parcela de 2015 do acordo firmado em 2012 além do atendimento às pautas específicas de cada região.

Só na Bahia, os funcionários do Poder Judiciário federal somam quase seis mil pessoas. Eles estão distribuídos em órgão essenciais à população como o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5), Justiça Federal além da Procuradoria da Justiça Militar.  Nas assembleias dos trabalhadores, ficou claro o repúdio à lógica fiscalista e fazendária que se tornou marca registrada do governo federal, “muito mais focado na arrecadação de impostos e aumento de receita do que nas melhorias sociais e trabalhistas que a nação tanto anseia”, disse a coordenadora do Sindjufe/BA, Denise Carneiro.

Fonte: Sindjufe/BA

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